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13 de setembro de 2011

IRÃ TORNA-SE O MAIOR IMPORTADOR DE CARNE BOVINA IN NATURA BRASILEIRA

   O Brasil vendeu US$ 61,7 milhões em carne bovina in natura para o Irã em agosto passado. Com isso, em valor, o país do Oriente Médio tornou-se o maior mercado para a carne brasileira in natura pela primeira vez na história, informou ao Financial Times a Associação Brasileira das Indústria Exportadoras de Carne (Abiec). "O Irã se tornou um parceiro comercial muito importante para o Brasil; nós nos tornamos muito mais próximos nos últimos anos", disse Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec.
Com o rápido crescimento populacional do Irã e maior estabilidade política num país alimentado pela demanda por commodities, as exportações de carne bovina brasileira para o Irã cresceram mais de 300 vezes na década passada. Embora o Brasil também exporte grandes quantidades de açúcar e soja para o Irã, a carne bovina é o principal produto de exportação, respondendo por 37% do valor total de embarques nos primeiros seis meses de 2011, de acordo com o Ministério da Indústria e Comércio (MDIC). "O Irã é um mercado particularmente bom para o Brasil porque compra os cortes mais caros e sempre paga em dia", disse Sampaio.
   A Rússia alcançou a posição de principal mercado para a exportação de carne bovina brasileira em 2010, mas as encomendas caíram bruscamente nos últimos meses como resultado do embargo à importação de carnes brasileiras alegando preocupações sanitárias, permitindo com que o Irã assumisse o primeiro lugar. Em junho, a Rússia baniu a importação de carnes bovinas brasileiras vindas de 85 plantas. Grupos da indústria, porém, afirmam que o embargo é uma forma de chantagem para que o Brasil apoie a entrada da Rússia na Organização Mundial de Comércio (OMC).
   Depois de atingir US$ 1,07 bilhão em 2010, as exportações de carne bovina caíram drasticamente nos últimos meses e totalizaram apenas US$ 52,2 milhões no último mês. Com a desaceleração da economia no mundo desenvolvido, o Brasil precisou recorrer cada vez mais aos mercados emergentes como Irã e Rússia para comprar suas exportações. Durante décadas, a União Europeia foi o maior cliente para a carne bovina brasileira, mas após a crise financeira global de 2008 as exportações de carne para a Europa caíram drasticamente, atingindo apenas US$ 713,3 milhões no último ano.
Fonte: Federasul

QUEBRA NA SAFRA DE TRIGO PODERÁ ELEVAR A IMPORTAÇÃO DO GRÃO

   A quebra de safra do trigo e o aumento do consumo podem ampliar tanto as pressões inflacionárias quanto as importações do cereal. A produção de trigo deve alcançar 5,15 milhões de toneladas na temporada 2011/12, 12,5% abaixo da safra 2010/11, quando o país colheu 5,88 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgados na sexta-feira. Já o consumo de trigo em 2011/12 deve chegar a 10,4 milhões de toneladas, maior quantidade desde a temporada 2005/06. A produção, por outro lado, se mantém nos mesmos patamares da safra 2008/09, na casa das 5 milhões de toneladas. Com isso, o estoque final de trigo será o mais baixo desde a temporada 2007/08, totalizando 1,4 milhão de toneladas.
   A produtividade do trigo, segundo a Conab, deve cair de 2,7 mil quilos por hectare para 2,4 mil quilos por hectare. A área plantada recuou 2,9%, para 2,09 milhões de hectares. A redução na área nesta safra, segundo o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, ocorre devido a problemas climáticos na região Sul, sobretudo a ocorrência de geadas no Paraná, maior Estado produtor do cereal no país. A Conab também divulgou na sexta a estimativa para a colheita nacional de grãos na safra 2010/2011. O 12º e último levantamento de safra mostra que a produção deve chegar a 162,9 milhões de toneladas, confirmando o recorde histórico previsto pelo governo. O volume total representa aumento de 9,2% em relação à temporada 2009/10, que registrou 149,2 milhões de toneladas de grãos. O resultado final mostra uma produção acima do previsto em agosto, data do penúltimo acompanhamento realizado.
   No 11º levantamento, o governo havia calculado a safra 2010/11 em 161,5 milhões de toneladas, prevendo uma quebra maior devido a geadas em várias regiões produtoras do país. O resultado acima do esperado se deve, segundo o Ministério da Agricultura, principalmente às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras.
   O crescimento da safra, em relação à penúltima estimativa divulgada em agosto, ocorreu por causa do aumento da área de milho no Nordeste e das áreas de soja subirrigada de Tocantins e de Roraima. Os resultados positivos compensaram a retração do feijão da terceira safra e do milho segunda safra na Bahia, que devido às adversidades climáticas, apresentam perdas importantes. José Carlos Vaz comemorou a safra com o maior crescimento da história e reiterou a confiança na próxima temporada. "O ciclo 2011/12 deve apresentar boa produção e ajudar a reduzir a pressão dos alimentos na inflação", disse.
Fonte: Valor Econômico

SEGUNDO O "CHINA DAILY", CHINA FINANCIOU O CRESCIMENTO DO BRASIL

   "China e Brasil constroem um novo futuro" foi o título de suplemento de oito páginas sobre a relação bilateral publicado nesta terça-feira, 13, pelo jornal oficial China Daily, editado em inglês pelo Conselho de Estado, o gabinete comandado pelo primeiro-ministro Wen Jiabao.
   Com foto do aperto de mão entre a presidente Dilma Rousseff e seu colega Hu Jintao, o texto de abertura fala dos benefícios da relação e registra a pretensão brasileira de diversificar suas exportações ao país asiático para além de commodities, com a inclusão de bens de alto valor agregado. "Em certa medida, a China financiou o recente crescimento econômico do Brasil", afirma o artigo, elaborado em parceria com uma agência de comunicação. Ironicamente, o anunciante da capa é a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma das instituições mais críticas à importação de produtos chineses pelo Brasil. A contracapa é totalmente ocupada por um anúncio da mineradora Vale, a principal beneficiária da explosiva demanda chinesa por commodities.
   Os artigos que recheiam o suplementam falam da necessidade de a indústria brasileira de aumentar sua competitividade para diversificar as exportações e dos desafios diante do Brasil _da necessidade de melhorar a infraestrutura à política macroecômica que tenta equilibrar combate à inflação e crescimento. "O Brasil tem muitas grandes oportunidades para investidores, mas nós precisamos melhorar nossa infraestrutura, como estradas, aeroportos, portos e fornecimento de energia", disse ao jornal o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. "Nós também precisamos ser mais competitivos industrialmente", reconheceu.
Os setores de mineração, energia e portos são destacados como destinos atraentes para investimentos chineses e a expansão dos portos é apresentada como fundamental para a ampliação do comércio entre os dois países. A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 são citados em várias ocasiões no suplemento como oportunidades de negócios para as empresas chinesas.
Fonte: Agência Brasil/Estadão

1 de setembro de 2011

GOVERNO REVISA EM US$ 12 BILHÕES PARA CIMA A META DE EXPORTAÇÕES EM 2011

   O governo brasileiro revisou para cima a meta de exportações deste ano, que saiu de US$ 245 bilhões para US$ 257 bilhões. Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, as vendas para o exterior vão crescer 19,4% entre setembro e dezembro. Entre janeiro e agosto, o crescimento foi de 32%, porém nos próximos meses a tendência é de desaceleração do comércio mundial.
   O secretário anunciou também a projeção para o superávit da balança comercial este ano, que deverá chegar a US$ 27 bilhões. Em agosto, o saldo ficou superavitário em US$ 3,873 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2007. No mês passado as exportações e as importações também quebraram recordes mensais:US$ 26,158 e US$ 22,285 bilhões respectivamente. "Estamos falando no melhor mês do comércio exterior da história do Brasil", afirmou a secretária de comércio exterior, Tatiana Prazeres.
   O secretário-executivo da pasta disse que, a despeito da crise global, sobretudo nos Estados Unidos e na União Europeia, a economia brasileira será menos afetada por ter um perfil diferenciado: comércio interno forte, renda e emprego subindo, pobreza sendo reduzida e produção industrial em crescimento.
Fonte: Jornal do Comércio

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BATEM RECORDE EM AGOSTO

   As exportações e as importações brasileiras em agosto bateram recorde histórico ao registrar US$ 26,158 bilhões e US$ 22,285 bilhões, respectivamente. Segundo a série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o superávit comercial em agosto é o maior para o mês, desde 2006, quando somou US$ 4,554 bilhões. No mês passado, o saldo da balança foi positivo em US$ 3,873 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1/09) pelo MDIC. 
   A média diária das vendas externas foi de US$ 1,137 bilhão, o que significa uma alta de 30,1% em relação a agosto de 2010 e de 7,3% ante julho deste ano. A média diária das importações somou US$ 968,9 milhões, alta de 26,6% ante agosto de 2010 e de 6,4% em relação a julho deste ano.
   Na quinta semana de agosto (29 a 31), com três dias úteis, o superávit comercial foi de US$ 739 milhões, com exportações de US$ 3,423 bilhões e importações de US$ 2,684 bilhões.
Fonte: Jornal do Comércio

EXPORTAÇÕES PARA A ARGENTINA CRESCEM MAIS QUE VENDAS PARA O MUNDO

   Durante a abertura do seminário sobre a ‘situação atual e perspectivas das relações econômicas Brasil-Argentina’, realizado na tarde de hoje, no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo-SP, a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, informou aos participantes que as exportações brasileiras para a Argentina crescem em ritmo mais acelerado este ano (33%) do que as vendas externas para o mundo (31%).
   A secretária ainda destacou o fato de que o superávit brasileiro nesta relação comercial dobrou em 2011, alcançando US$ 3 bilhões, enquanto que, no mesmo período de 2010, esse valor era de US$ 1,5 bilhão. Ainda assim, Tatiana lembrou que, por se tratar de um intercâmbio intenso, existem questões pontuais que demandam gestão constante. “Nós temos contatos diários com o governo argentino e com o setor privado brasileiro que, em vários casos, se mostram exitosos com liberações de mercadorias e aceleração no prazo de concessão de licenças”, disse em entrevista aos jornalistas presentes na saída do evento. Questionada sobre os motivos do crescimento das vendas brasileiras para a Argentina, mesmo diante do aumento do número de produtos sobre regime de licenciamento não-automático, estabelecido pelo governo de Buenos Aires no começo deste ano, a secretária atribui os bons resultados “ao aumento da competitividade dos produtos brasileiros que conseguem, a despeito das dificuldades, ganhar espaço neste mercado”.
Fonte: MDIC