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14 de outubro de 2011

PRODUTORES GAÚCHOS QUEREM QUE UNIÃO MANTENHA LIMITE DE IMPORTAÇÕES DE LEITE EM PÓ ARGENTINO

   A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul está solicitando ao Governo Federal que mantenha limitado em 3,3 mil toneladas mês o volume de exportações de leite em pó da Argentina para o Brasil. A posição foi reafirmada na manhã desta segunda-feira, em reunião da Câmara Setorial do Leite, realizada na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
   Brasil e Argentina mantém desde 2009 um acordo com o País vizinho, que estabelece aquele limite, renovado em 2010 e que vigorou até o final de setembro deste ano. A negociação para reeditá-lo, no momento, está num impasse, já que os argentinos querem elevar a cota 4,5 mil toneladas mês.
   O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, afirma que a produção brasileira é suficiente para atender a demanda local e que ampliar as importações deste produto pode prejudicar especialmente os produtores. “Com o real valorizado, os importados chegam aqui com preço abaixo do nosso custo de produção”, explica o secretário.
   Além disso, destaca Mainardi, este diferencial de preço pode inviabilizar um setor que tem crescido acima dos 5% ao ano. “O benefício que poderíamos colher em termos de uma eventual redução na inflação, será destruído pelo impacto social negativo junto aos pequenos produtores rurais, às indústrias e consequentemente aos municípios”, acrescenta.
   Depois de afirmar que o Estado possui 120 mil produtores de leite e 232 estabelecimento de laticínios, Luiz Fernando Mainardi anunciou que se empenhará junto aos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que a reivindicação seja atendida.
Fonte: Secretaria de Agricultura

BRASIL QUER AMPLIAR COMÉRCIO COM A TURQUIA

   Paralelamente ao esforço do governo brasileiro de se aproximar politicamente da Turquia, e considerando as semelhanças entre as medidas de combate à crise financeira global adotadas pelos dois países, empresários de ambos os lados planejam incrementar as relações comerciais bilaterais.
   Em novembro, o ministro turco da Economia, Zafer Caglayan, vai liderar uma missão empresarial ao Brasil. Do lado brasileiro, o diretor internacional de vendas de minério de ferro da Vale, Fidel Blanco, disse sexta-feira, em Ancara, que a companhia pretende começar a atuar na área de carvão na Turquia. A Vale vende 3 milhões de toneladas de minério de ferro e 4 mil toneladas de níquel ao mercado turco por ano.
   A presidente Dilma Rousseff e o presidente turco, Abdullah Gül, decidiram trabalhar para elevar a corrente de comércio bilateral para US$ 10 bilhões por ano no curto prazo. Será um longo caminho: a previsão é que o intercâmbio chegue a US$ 2 bilhões em 2011. "Acredito muito na aproximação de nossos países, porque eles estão em etapas similares de desenvolvimento e crescimento econômico", disse Dilma, na sexta.
   A presidente convidou construtoras turcas a participarem da execução das obras de infraestrutura para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, e defendeu a cooperação entre os dois países nas áreas de energias fóssil e renovável, aviação civil, defesa, ciência e tecnologia e formação de estudantes.
   Brasil e Turquia já estabeleceram, por exemplo, uma parceria entre a Petrobras e a Corporação Turca de Petróleo (TPAO) para a exploração de petróleo no Mar Negro. O ministro da Defesa, Celso Amorim, integrou a comitiva da presidente. O Brasil quer vender Supertucanos e fechar uma parceria com a Turquia para desenvolver um avião de transporte militar.
   Enquanto Brasil e Turquia buscam uma aproximação política, analistas do mercado e empresários que têm negócios nos dois países apontam semelhanças nas medidas econômicas adotadas pelos dois governos para combater os efeitos da crise financeira internacional. Em 2008, o banco central turco acelerou o processo de corte de sua taxa básica de juros a fim de garantir o crescimento da economia - apesar do risco de observar uma alta da inflação. Tais especialistas e executivos veem algo parecido no recente movimento do Banco Central, que surpreendeu o mercado ao reduzir a Selic e sinalizar que outros cortes nos juros poderão ocorrer nas próximas reuniões do Copom.
Fonte: Federasul

7 de outubro de 2011

LEVANTAMENTO REALIZADO PELA CONAB PREVÊ DIMINUIÇÃO NA SAFRA DE GRÃOS

   O primeiro levantamento da safra de grãos 2011/2012, feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com base na intenção de plantio dos agricultores, prevê uma produção entre 157 milhões e 160,58 milhões de toneladas. O resultado da pesquisa apresentada hoje (6) é entre 3,7% e 1,5% menor do que o da safra 2010/2011 (encerrada em 30 de junho), quando foram colhidos 162,95 milhões de toneladas de grãos.
   Tradicionalmente, a Conab apresenta dados mais conservadores nos primeiros levantamentos, que vão sendo consolidados a cada mês. Para a área plantada, no entanto, a previsão é que haja aumento entre 1% e 2,9% em relação aos 49,9 milhões de hectares plantados na safra passada, situando-se entre 50,431 milhões e 51,358 milhões de hectares.
   O estudo foi realizado entre os dias 18 e 21 de setembro por cerca de 60 técnicos da Conab, com informações de órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola.
Fonte: Federasul