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18 de novembro de 2011

CRISE AFETA EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO DO BRASIL

   Neste ano, as embarques de frango do Brasil cresceram menos que o previsto pelos exportadores, e a principal razão é a demanda mais contida. "Esperávamos um crescimento de 3% a 5%, mas dificilmente chegaremos a isso", reconhece Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).
   Entre janeiro e outubro deste ano, os volumes somaram 3,233 milhões de toneladas, um crescimento de apenas 1,5% em relação ao mesmo período de 2010, segundo a Ubabef.
   A previsão para a receita com as vendas externas de frango, porém, está mantida, já que houve aumento nos preços do produto na exportação. A alta recente do dólar também é favorável ao setor. Conforme a estimativa da entidade, a receita deve alcançar US$ 8 bilhões este ano, 18% de alta sobre 2010. Até outubro, os embarques de carne de frango renderam US$ 6,743 bilhões, aumento de 21,1% sobre igual intervalo de 2010.
   Segundo o presidente da Ubabef, a receita avançou, apesar da queda dos volumes vendidos, porque o Brasil conseguiu repassar a alta dos custos para os preços e foi mais competitivo que os EUA, seu concorrente no mercado mundial de frango. Considerando apenas outubro, os embarques de frango somaram 335,73 mil toneladas, 0,7% acima do mesmo período do ano anterior. As receitas no período avançaram 17,1% na mesma comparação, para US$ 707,73 milhões.
   Além da crise, que afeta a demanda europeia, as exportações brasileiras também sofreram os efeitos do embargo russo a estabelecimentos exportadores de carnes do país, observa Turra. Outro motivo foi a interrupção, sem justificativas, das compras do Irã, acrescenta.
   Diante do atual cenário, o setor está cauteloso com o próximo ano. "Deve ser um ano complicado, de baixo crescimento, com disputa com produtores locais nos mercados importadores", avalia Turra.
Fonte: Federasul

COOPERATIVAS EXPORTAM MAIS DE US$ 5 BILHÕES PELA PRIMEIRA VEZ

Brasília (18 de novembro) – Pela primeira vez em um ano, as exportações das cooperativas brasileiras passaram do patamar dos US$ 5 bilhões e alcançaram o valor de US$ 5,141 bilhões. As vendas do setor, no acumulado anual de 2011 (janeiro-outubro), já ultrapassaram o total exportado em 2010 (US$ 4,417 bilhões) e também os valores registrados nos anos anteriores da série histórica iniciada em 2005. Nos primeiros dez meses de 2011, as exportações apresentaram crescimento de 34,6% sobre igual período de 2010 e a participação do setor na pauta de exportações brasileira está em 2,4%.
   Nas importações das cooperativas, também houve crescimento de 32,5% sobre igual período do ano passado e as compras somam US$ 284 milhões no acumulado deste ano, com participação de 0,3% no total das aquisições do país no exterior. Com estes resultados, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo de US$ 4,857 bilhões nos primeiros dez meses, resultado recorde para o período superando em 34,7% o de 2010, quando atingiu US$ 3,606 bilhões. A corrente de comércio acumulada foi também a melhor da série, com US$ 5,425 bilhões e expansão de 34,5% em relação ao período de janeiro a outubro de 2010.

Estados
   Nos dez meses de 2011, São Paulo foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, com US$ 1,716 bilhão, representando 33,4% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: Paraná (US$ 1,696 bilhão, 33%); Minas Gerais (US$ 666,8 milhões, 13%); Rio Grande do Sul (US$ 331,4 milhões, 6,5%); e Santa Catarina (US$ 248,9 milhões, 4,8%).
   O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 115,4 milhões, representando 40,6% do total das importações deste segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 68,1 milhões, 24,0%); São Paulo (US$ 46,6 milhões, 16,4%); Rio Grande do Sul (US$ 20,1 milhões, 7,1%); Goiás (US$ 15,7 milhões, 5,5%).

Produtos
   Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, entre janeiro e outubro de 2011, se destacaram: açúcar refinado (com vendas de US$ 902,5 milhões, representando 17,6% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 663,1 milhões, 12,9%); café em grãos (US$ 623,7 milhões, 12,1%); e açúcar em bruto (US$ 596,3 milhões, 11,6%).
   Já entre os produtos adquiridos pelas cooperativas, os principais, no período, foram: diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 24,7 milhões, 8,7%); cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 8,4%); ureia com teor de nitrogênio (US$ 22,3 milhões, 7,8%); malte não torrado (US$ 17,9 milhões, 6,3%); nitrato de amônio (US$ 13,3 milhões, 4,7%).

Mercados
   No acumulado do ano, o principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, com vendas de US$ 661 milhões, representando 12,9% do total. Em seguida, aparecem: Emirados Árabes Unidos (US$ 497,2 milhões, 9,7%); Estados Unidos (US$ 483,5 milhões, 9,4%); Alemanha (US$ 384,9 milhões, 7,5%); e Países Baixos (US$ 265,1 milhões, 5,2%).
   As cooperativas adquiriram insumos, principalmente, de Argentina (compras de US$ 43,2 milhões, representando 15,2% do total); Alemanha (US$ 36,9 milhões, 13,0%); Rússia (US$ 35,6 milhões, 12,6%); Estados Unidos (US$ 24,6 milhões, 8,7%); Paraguai (US$ 21,8 milhões, 7,7%).
Fonte: MDIC