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28 de fevereiro de 2011

VALORIZAÇÃO DA SOJA E PROCURA POR NOVAS ÁREAS FAZ PREÇO DAS TERRAS SUBIR NO ESTADO

   Um relatório da consultoria Informa Economics FNP (ex-AgraFNP) sobre a valorização das áreas destinadas à produção agropecuária no Brasil, mostrou o aumento do preço das terras no Rio Grande do Sul. Em três anos, no embalo da corrida pela expansão das lavouras de soja, o preço médio do hectare no Estado subiu 60%, alcançando R$ 9.444.
   Foi a Metade Sul do Estado a região que mais contribuiu para a alta dos preços – acima da média brasileira, de 25% –, explica a gerente de agroenergia da FNP, Jacqueline Bierhals. O salto das cotações ocorreu em áreas específicas da Região Central e da Zona Sul, onde em alguns municípios os preços no mínimo dobraram.
   Valorizaram-se principalmente áreas altas onde é possível implantar a soja. Na zona de Pelotas, são as áreas que têm uma boa drenagem e a vantagem logística da proximidade do porto de Rio Grande — aponta Jacqueline. Segundo o consultor Cilotér Iribarrem, da Safras & Cifras, de Pelotas, é crescente a procura por terras para soja em municípios próximos, como Jaguarão e Arroio Grande. O hectare, então negociado por cerca de R$ 3 mil, agora atinge preços entre R$ 6 mil e R$ 7 mil. Antes, a escalada também havia sido influenciada pelo avanço do eucalipto, lembra Iribarrem.
   O estudo da FNP dividiu o Rio Grande do Sul em quatro grandes macrorregiões: Caxias do Sul, Passo Fundo, Uruguaiana e Santa Maria. No norte, quadrante que engloba as principais áreas produtoras de grãos, o efeito soja também apareceu. O valor mais frequente dos negócios verificados no final do ano passado foi de R$ 18,5 mil o hectare na faixa mais valorizada, entre Passso Fundo e Erechim, alta de 34,5% sobre três anos atrás.
Fonte: NewsComex

25 de fevereiro de 2011

SECEX ABRE CONSULTA PÚBLICA PARA CONSOLIDAÇÃO DAS NORMAS SOBRE OPERAÇÕES DE COMÉRCIO EXTERIOR

   Está disponível no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a minuta de portaria elaborada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) que contêm as normas e procedimentos aplicáveis às operações de comércio exterior. Até o dia 11 de março, exportadores, importadores e interessados podem opinar ou sugerir alterações no texto, conforme definido em consulta pública estabelecida pela Circular n° 8 da Secex.
   A minuta tem o objetivo de consolidar, em um único documento, as normas apresentadas pelas Portarias Secex nº 11 a 20 e 23 a 33 de 2010; e 1 a 8 de 2011. Como explica o diretor do Departamento de Normas e Competitividade no Comércio Exterior (Denoc), Gustavo Ribeiro, "estamos abrindo um espaço amplo para o recebimento de manifestações, na busca do entendimento das necessidades legítimas de alteração normativa, bem como no aprimoramento das normas visando à modernização do comércio exterior”.
   As sugestões sobre o texto devem ser enviadas ao Departamento de Normas e Competitividade no Comércio Exterior (Denoc), pelo e-mail denoc.cgnf@mdic.gov.br. O assunto do e-mail deve estar preenchido com o texto "Consulta Pública - Portaria Secex”. A sugestão deverá ser encaminhada em arquivo anexo no formato “.doc”, com dimensão máxima de 250 KB, sem o uso de imagens. O proponente deve apresentar identificação, os dispositivos específicos objetos da sugestão, as propostas de redação alternativa e as justificativas legais e econômicas para as alterações.
Circular n°8 Secex sobre a Consulta Pública.         Minuta de Portaria Secex para consolidação de normas 

Fonte: MDIC

ENTRA EM VIGOR NOVO REGIME DE DRAWBACK INTEGRADO ISENÇÃO

   Entrou em vigor, nesta segunda-feira (21/2), a Portaria nº 8, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior (MDIC), que implementa o novo regime de Drawback Integrado Isenção. O objetivo é tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, incentivando as exportações.
   O regime de Drawback consiste na desoneração de impostos sobre insumos vinculados à exportação de produtos acabados. A modalidade Drawback Integrado Isenção é aquela que permite a isenção ou redução a zero de impostos para a reposição de mercadoria equivalente à utilizada na industrialização de produto já exportado. A isenção alcança o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Contribuição para o PIS/PASEP, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação.
   Com as novas regras, a empresa pode optar por utilizar a isenção para a quantidade importada ou adquirida no mercado interno de acordo com a combinação de maior viabilidade econômica. Essa escolha representa a inovação do regime. Antes, os benefícios eram possíveis somente para a reposição de materiais importados por novos materiais importados. Agora é possível estender a desoneração tributária aos insumos adquiridos no mercado interno.
   Além das mercadorias equivalentes às empregadas ou consumidas na industrialização de produto exportado, o regime também ampara duas outras situações: mercadorias empregadas no reparo, criação, cultivo ou atividade extrativista de produto já exportado; ou na industrialização de produto intermediário fornecido diretamente a empresa industrial-exportadora e empregado ou consumido na industrialização de produto final já exportado.
Fonte: MDIC

22 de fevereiro de 2011

RECEITA FEDERAL CRIARÁ CENTRO NACIONAL DE GESTÃO DE RISCOS ADUANEIROS

   O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, informou hoje que a instituição vai criar, ainda no primeiro semestre, o Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros, que terá como tarefa rastrear e coibir o subfaturamento das importações brasileiras. Segundo ele, atualmente a Receita faz essa fiscalização no varejo e em cada porto. O objetivo agora é ter um centro que faça a análise dos dados de forma centralizada, permitindo à Receita usar mais a área de inteligência.
   O secretário admitiu que esse novo monitoramento busca controlar a invasão de produtos chineses. Além disso, esse é um movimento coordenado com os estudos que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vem fazendo para elevar o imposto de importação de alguns produtos. Ele explicou que, quando há aumento de alíquota, há um risco maior de subfaturamento, porque o importador tenta reduzir a base de incidência do tributo para pagar menos imposto. O secretário disse que a Receita vai rastrear todos os produtos que possam prejudicar a produção nacional, em função da concorrência desleal. "Os produtos, tanto da China quanto de outro país, serão fiscalizados", disse o secretário, destacando que os chineses não são um mal em si. O problema é quando o preço não está correto em sua importação.
   Barreto informou que essa é uma determinação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está preocupado com a prática de preços desleais na importação. O ministro disse que o centro irá funcionar em São Paulo ou no Paraná. Ele disse que o local será definido em função da facilidade de instalação e que não necessariamente ficará em um grande centro ou perto de um porto.
Fonte: Agência Estado

17 de fevereiro de 2011

GOVERNO REDUZ IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DE MAIS DE 400 ITENS

   O governo federal reduziu para 2% a alíquota do imposto de importação para 408 tipos de bens de capital e 9 itens de informática e telecomunicações. A relação dos produtos foi publicada hoje no Diário Oficial da União por meio de resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Os itens foram incluídos na lista de ex-tarifários, que permite a redução temporária de tarifas para aquisição no exterior de bens de capital, informática e telecomunicação que não têm produção nacional. A redução de tarifas ocorre depois da análise pelo governo dos projetos de investimentos apresentados pela iniciativa privada.
   Segundo o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os investimentos previstos nos projetos beneficiados com a queda do imposto de importação somam US$ 2,132 bilhões. Os maiores investimentos ocorreram nos setores automotivo, gráfico e de bens de capital. As importações dos produtos devem chegar a US$ 767,8 milhões. A redução do tributo vale até 30 de junho de 2012.
  O governo entende que o ex-tarifário estimula os investimentos ao baratear a compra de máquinas e equipamentos sem similar nacional. O mecanismo é usado pelo ministério do Desenvolvimento desde 2003. Os projetos beneficiados com as resoluções de hoje da Camex incluem, por exemplo, investimentos para expansão e modernização de fábrica de motores para veículos; implantação de uma fábrica de automóveis, aumento na capacidade de produção de tampas de latas de alumínio e fabricação de artefatos de concreto para a indústria da construção civil.
Fonte: Agência Estado

BRASIL E ARGENTINA REALIZAM PRIMEIRA REUNIÃO BILATERAL DO ANO

   A Comissão de Monitoramento do Comércio Brasil-Argentina reúne-se pela primeira vez em 2011, a partir desta quinta-feira (17/2), em Buenos Aires. Os trabalhos serão coordenados pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, e pelo secretário de Indústria argentino, Eduardo Bianchi.
   A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, também participa da reunião, no prédio do Ministério de Indústria da Argentina, a partir das 10h. Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, do Brasil, e da Indústria, Débora Giorgi, da Argentina, reúnem-se na sexta-feira.
   No primeiro encontro do ano, brasileiros e argentinos vão discutir intercâmbio comercial, integração produtiva, acordos setoriais, Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) e promoção comercial, dentre outros temas. Na manhã da sexta-feira (18/2), a partir das 10h, está prevista uma reunião técnica do Comitê Automotivo entre os representantes brasileiros e argentinos.
Fonte: MDIC

SUPERÁVIT NA BALANÇA COMERCIAL DE QUATRO REGIÕES BRASILEIRAS EM JANEIRO

   O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou quarta-feira (16/2), informações referentes à balança comercial dos estados e do Distrito Federal, e também de 1.778 municípios brasileiros que efetuaram operações com o mercado externo em janeiro de 2011 (21 dias úteis). No período, todas as regiões tiveram saldo positivo – Sudeste (US$ 557 milhões), Norte (US$ 290 milhões), Centro-Oeste (US$ 227 milhões) e Nordeste (US$ 14 milhões) – com exceção da Região Sul, que registrou déficit de US$ 831 milhões na balança comercial. No levantamento por regiões, as exportações da Região Norte foram as que mais cresceram no comparativo entre o mês janeiro de 2011 e o de 2010, com expansão de 70,24%. As vendas nortistas ao exterior passaram de US$ 764 milhões, em janeiro de 2010, para US$ 1,302 bilhão, neste ano. Os embarques da região corresponderam a 6,77% do total mensal exportado pelo país (US$ 15,214 bilhões).
   Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais exportou, US$ 8,893 bilhões, com alta de 38,49% sobre as vendas de 2010 e com participação de 56,80% sobre o total vendido pelo país em janeiro deste ano. As vendas externas da Região Centro-Oeste tiveram aumento de 57,16%, fechando o mês em US$ 1,098 bilhões. Os embarques desta região representaram 6,19% das exportações brasileiras. Considerando o mesmo o período comparativo, o Sul registrou aumento de 27,62% nas exportações realizadas em janeiro de 2011 (US$ 2,514 bilhões), com participação de 17,43%. A Região Nordeste foi a única que teve queda nas vendas ao mercado externo, com retração de 5,28%. O mercado nordestino exportou US$ 1,232 bilhão, o que representou 11,51% do total vendido no mês. Quanto às importações, o Norte foi também o que registrou a maior expansão em comparação janeiro de 2010 (41,24%), com compras no valor de US$ 1,011 bilhão. Em seguida, aparece a Região Sul, com aumento de 34,78% e aquisições no valor de US$ 3,345 bilhões. A Região Sudeste teve alta de 27,3% nas importações e somou US$ 8,335 bilhões em compras. Já o Centro-Oeste comprou US$ 871 milhões, com aumento de 26,78% em relação ao primeiro mês de 2010. No Nordeste (US$ 1,217 bilhão), o crescimento foi de 16,6%.

Estados   Em relação aos estados, São Paulo (US$ 3,327 bilhões) foi o que mais exportou em janeiro de 2011, acompanhado por Minas Gerais (US$ 2,731 bilhões) e Rio de Janeiro (US$ 1,713 bilhão). Em seguida, aparecem Pará (US$ 1,137 bilhões) e Rio Grande do Sul (US$ 1,122 bilhão). Na comparação com janeiro de 2010, todos os estados brasileiros tiveram variação positiva, com exceção de Piauí (-47,46%), Bahia (-25,7%), Pernambuco (-18,27%) Tocantins (-18,16%) e Rio Grande do Norte (-10,49%).
   Nas importações, São Paulo (US$ 5,647 bilhões) foi o estado que mais fez compras no estrangeiro no mês, seguido de Paraná (US$ 1,283 bilhão), Rio de Janeiro (US$ 1,097 bilhão), Santa Catarina (US$ 1,040 bilhão) e Rio Grande do Sul (US$ 1,021 bilhão). Os estados que apresentaram variação negativa para as importações no comparativo com janeiro do ano passado foram Rio Grande do Norte (-76,95%), Piauí (-37,65%), Amapá (-35,24%) e Tocantins (-7,67%).
   Quanto ao saldo da balança comercial por estado, os maiores superávits foram registrados por Minas Gerais (US$ 1,847 bilhão), Pará (US$ 1,027 bilhão), Rio de Janeiro (US$ 615 milhões), Espírito Santo (US$ 413 milhões) e Mato Grosso (US$ 381 milhões). Os estados mais deficitários foram São Paulo (US$ 2,319 bilhões), Amazonas (US$ 792 milhões), Santa Catarina (US$ 513 milhões), Paraná (US$ 418 milhões) e Mato Grosso do Sul (US$ 123 milhão).
Fonte: MDIC

10 de fevereiro de 2011

A INVIÁVEL VOLTA DO CONTROLE DE IMPORTAÇÕES


   Um traço comum aos que advogam essa estratégia é a simpatia pelos instrumentos de política econômica usados no País entre as décadas de 1930 e 1980. As elevadas taxas de crescimento do PIB continuam na memória de todos, ao mesmo tempo que outras características do período são devidamente esquecidas, como a destruição gradual da moeda, a formação de um parque industrial que não investia em progresso técnico e o perfil de distribuição de rendas.
   Um fato histórico que os defensores de medidas restritivas às importações parecem ignorar é o de que as crises de 1929 e 2008 provocaram impactos opostos sobre o balanço de pagamentos do País. No momento do colapso da Bolsa de Valores de Nova York, nossas reservas internacionais eram de cerca de 30 milhões de libras, reduzidas a zero em 1931. Além disso, nos dois primeiros anos daquela crise, a taxa de câmbio desvalorizou-se em mais de 60%.
   Em contraposição, entre 2008 e 2010, as reservas subiram de US$ 194 bilhões para US$ 289 bilhões, mantendo o processo de acumulação iniciado em 2000, quando o montante foi de apenas US$ 33 bilhões. No segundo semestre de 2008, a taxa de câmbio sofreu uma desvalorização de 35%, mas, logo em seguida, retomou a trajetória de apreciação, em vigor desde 2004. O desafio que o governo enfrentava nos anos 30 era o de administrar uma economia submetida a uma restrição cambial aguda e sem perspectiva de superação. As medidas defensivas adotadas responderam àquele desafio, e, nas quatro décadas seguintes, o controle permanente sobre as importações permitiu a implantação do parque industrial mais diversificado entre os países em desenvolvimento da época. A contrapartida dessa façanha foi a geração de um conjunto de distorções domésticas ainda não superadas totalmente.
   O desafio atual é bem distinto: assegurar a sobrevivência da indústria nacional, num contexto marcado pela apreciação duradoura da taxa de câmbio, sem risco iminente de crise cambial. Dados os padrões de competição gerados pela revolução contemporânea nas tecnologias de informação, a política industrial apta a lidar com esse desafio tem duas prioridades: reduzir os custos de transação na economia brasileira e elevar o ritmo das inovações na indústria. A redução dos custos de transação depende não apenas da execução de reformas ainda pendentes na agenda de políticas públicas, como a tributária e a trabalhista, mas também da correção de falhas advindas de algumas das mudanças realizadas nas duas últimas décadas. Um exemplo notável de obstáculos recém-criados é o atual marco institucional do setor portuário, que reúne um conjunto de normas mal definidas e contraditórias.
Se a indústria nacional não for capaz de elevar seus níveis de eficiência produtiva, certamente continuará perdendo espaço para os competidores externos. Para evitar isso é indispensável reduzir custos domésticos de transação, que são mais elevados do que os vigentes nos principais parceiros comerciais do País. Mas qualquer medida nessa direção implica não apenas mudanças normativas complexas, mas a eliminação de fontes de renda para alguns agentes econômicos resistentes às mudanças.
   Uma forma de eludir esse conflito seria a de retornar aos controles sobre as importações. Mas essa opção restauraria um estilo de política econômica que, durante décadas, inibiu o desenvolvimento tecnológico da empresa privada nacional, exacerbou a iniquidade social e desorganizou as finanças públicas. O governo Dilma já indicou, ainda que parcialmente, suas preferências, ao manter a independência operacional do Banco Central, o câmbio flutuante e o regime de metas de inflação. Entretanto, não significa que as pressões protecionistas desaparecerão. As propostas que confundem política industrial com reserva de mercado, ignoram o conceito de preços relativos e desprezam benefícios de uma moeda conversível continuam, infelizmente, a desfrutar de prestígio intelectual no País.
Fonte: O Estado de São Paulo

CARGILL IMPLANTARÁ NOVA FÁBRICA NO BRASIL


   A Cargill investirá 350 milhões de reais na construção de uma fábrica de processamento de milho no Brasil, informou a empresa nesta quarta-feira em comunicado. A unidade produzirá soluções em amidos e adoçantes e visa acompanhar o crescimento da demanda de clientes no país, segundo a companhia. A nova planta, que deverá entrar em operação em 2013, representará um aumento de 30 por cento na capacidade de processamento de milho da empresa para a América do Sul. "Três Estados estão sendo considerados para localização da nova unidade, e a decisão deve ser tomada ainda no primeiro trimestre deste ano", afirmou a Cargill em nota.
   Esse é o segundo investimento da Cargill no negócio de amidos e adoçantes em pouco mais de dois anos. A ampliação da capacidade da fábrica de Uberlândia (MG), um investimento de 197 milhões de reais, foi concluída em março de 2010. "A parceria com nossos clientes e o aquecimento do mercado doméstico foram fatores determinantes que impulsionaram os investimentos. A liderança global da empresa está atenta e vê com otimismo o crescimento dos negócios no Brasil", disse Gonzalo Petschen, o principal executivo da Unidade de Negócio Amidos & Adoçantes América do Sul da Cargill.
   Os ingredientes à base de milho estão presentes em produtos lácteos, balas, confeitos, bebidas e pães. A nova fábrica poderá contar com uma linha dedicada a novos ingredientes derivados de milho, alguns totalmente inovadores para o mercado brasileiro, segundo a Cargill, que não deu detalhes.
   A empresa, umas das maiores companhias do agronegócio do mundo, que figura como a sexta maior exportadora do Brasil , tem investido também em outros segmentos no país. Ao final do ano passado, a Cargill anunciou a construção de sua primeira unidade de biodiesel, com um investimento de 130 milhões de reais.
Fonte: Reuters Brasil

1 de fevereiro de 2011

PÓLO MOVELEIRO DE BENTO GONÇALVES REGISTRA AUMENTO NAS EXPORTAÇÕES EM 2010

   O polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS) registrou desempenho positivo nos mercados interno e externo em 2010. Segundo informações da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, o faturamento total da indústria moveleira do município somou R$ 2,05 bilhões, aumento de 17% em relação a 2009.
   Nas exportações, o polo de Bento Gonçalves registrou aumento de 10,5% em relação a 2009, enquanto no RS o crescimento foi de 5,5%. Para 2011, a perspectiva é de um crescimento ainda maior - entre 10 e 15%. A região sedia 300 empresas moveleiras e é responsável por 42% da produção de móveis no Estado.
   Para o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), Glademir Ferrari, o desafio do setor em 2011 é o design. De acordo com Ferrari, a ideia é aumentar o reconhecimento da excelência da produção moveleira da região e conquistar maior espaço no mercado internacional.
Fonte: Sala do Exportador RS

PRESIDENTA DILMA FALA EM FORTALECIMENTO DA AMÉRICA LATINA

    Ao lado da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que fez questão de eleger o país vizinho como destino para a primeira viagem internacional por considerar que Brasil e Argentina são cruciais para transformar "o século 21 em século da América Latina". "E estou falando necessariamente em transformar os povos brasileiro e argentino e também os [demais] da América Latina", disse Dilma ontem (31/01) em pronunciamento à imprensa, na Casa Rosada, sede do governo argentino.
   O crescimento, aliado à inclusão social dos povos dos países latino-americanos, marcou o discurso das presidentas. Dilma disse se sentir em um momento especial na Argentina e afirmou que os dois países vão aprofundar vínculos para construir um mundo melhor na região.
   Cristina Kirchner disse, por sua vez, que as duas mandatárias têm em comum a visão de que a inclusão social deve ter protagonismo na condução das políticas de Estado. "Nós duas achamos que o crescimento e a soberania de uma nação devem ter como protagonista a inclusão social. O crescimento econômico só é bom se atingir a todos por meio da educação, da moradia."
   As presidentas reafirmaram a proximidade entre Brasil e Argentina. Cristina Kirchner lembrou o caminho trilhado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner (falecido no ano passado) para aprofundar as relações bilaterais. Agora, acrescentou, elas darão continuidade a essas ações. "Eles constituíram um relacionamento diferente que deu frutos e deve ser aprofundado como falamos na reunião que tivemos a sós. Isso deve significar também o aprofundamento da integração produtiva entre Brasil e Argentina", afirmou a presidenta argentina. Ao final do discurso, ela ressaltou que a união Brasil e Argentina será ainda maior.
   Dilma afirmou que os acordos assinados entre os dois países, durante sua visita a Buenos Aires, reforçam os vínculos já existentes e que a cooperação vai beneficiar o Brasil e a Argentina. "Abrimos um caminho de cooperação para beneficiar as economias argentina e brasileira, a fim de criar uma integração de plataformas produtivas e de construir cada vez mais o bem-estar de nossos países."
Fonte: Agência Brasil

BALANÇA COMERCIAL DE JANEIRO MOSTRA SUPERÁVIT

   O primeiro mês de 2011 registrou saldo positivo de US$ 424 milhões na balança comercial brasileira, com média diária de US$ 20,2 milhões. Nos 21 dias úteis do período, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 30,006 bilhões, com média de US$ 1,428 bilhão por dia útil. Neste resultado, houve crescimento de 25,4% em relação à média de janeiro do ano passado (US$ 1,139 bilhão) e retração de 9,9% na comparação com dezembro último (média de US$ 1,585 bilhão).  As exportações em janeiro foram de US$ 15,215 bilhões, com média diária de US$ 724,5 milhões. Por este comparativo, o valor é 28,2% superior à média de US$ 565,3 milhões do mês de janeiro de 2010 e 20,3% menor que a de dezembro passado (US$ 909,5 milhões).
   No acumulado mensal, as importações chegaram a US$ 14,791 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 704,3 milhões. A média é 22,7% maior a de janeiro do ano passado (US$ 574,1 milhões) e está 4,2% acima do resultado médio de dezembro de 2010 (US$ 676,1 milhões). Na quarta semana de janeiro, com cinco dias úteis (24 a 30), as exportações foram de US$ 3,632 bilhões (média diária de US$ 726,4 milhões) e as importações de US$ 3,654 bilhões (média de US$ 730,8 milhões). Houve, portanto, déficit de US$ 22 milhões e média diária negativa de US$ 4,4 milhões por dia útil. A corrente de comércio na quarta semana foi de US$ 7,286 bilhões, com média de US$ 1,457 bilhão.  A quinta semana do mês, com apenas um dia útil (31), teve déficit de US$ 244 milhões, com exportações de US$ 647 milhões, importações de US$ 891 milhões e corrente de comércio de US$ 1,538 bilhão.
   Hoje (terça-feira), às 15h30, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga nota completa sobre o resultado mensal e, no mesmo horário, o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, concede entrevista coletiva no auditório do Ministério para comentar os números.
Fonte: MDIC