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27 de abril de 2011

POLO NAVAL GAÚCHO RECEBE INCENTIVOS FISCAIS PARA ATRAIR MAIS PROJETOS

   O Governador do Estado, Tarso Genro,  irá acenar aos empresários com incentivos fiscais, financiamentos, disponibilidade de terrenos para construção de fábricas, oferta de mão de obra qualificada e um sistema logístico com ligações hidroviárias entre o porto de Rio Grande, no sul do Estado, e municípios da região. Genro reúne-se com integrantes da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip) na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Junto com ele estará o diretor-presidente da recém criada Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), o empresário Marcus Coester, que tem como alvo a atração de novos estaleiros e fornecedores de componentes para a indústria naval e petrolífera.
   Conforme Coester, esses setores são prioridades para o governo, que quer consolidar o Rio Grande do Sul como alternativa ao polo tradicional do Rio de Janeiro e como competidor de Suape, em Pernambuco. De acordo com ele, o Estado também sedia uma forte cadeia metalmecânica que pode suprir a indústria de óleo e gás, incluindo empresas já tradicionais como a Lupatech, de Caxias do Sul.
   Para atrair os novos projetos, o Estado mantém um programa "agressivo" de incentivos que praticamente zera a incidência de ICMS. Tem ainda instituições financeiras para oferecer crédito, como o Banrisul e a agência de fomento Badesul (ex-Caixa RS), além do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), controlado também pelo Paraná e por Santa Catarina e que repassa linhas do BNDES. Os licenciamentos no setor são "prioridade" na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), acrescentou.
   O polo naval gaúcho começou a se formar a partir da implantação do Estaleiro Rio Grande (ERG), um dique seco para construção e reforma de plataformas marítimas que foi construído pela WTorre e começou a operar no ano passado, logo após ser adquirida pela Engevix. O consórcio Quip, formado pela Queiroz Galvão, Iesa, UTC Engenharia e Camargo Corrêa, também tem um estaleiro no porto gaúcho. Além disso, outras empresas anunciaram instalações para construção de embarcações e plataformas, como a Wilson Sons (Rio Grande) e a Setal Óleo e Gás (São José do Norte). A Iesa planeja instalar uma fábrica de módulos para plataformas em Charqueadas, de onde é possível chegar ao porto de Rio Grande pelo rio Jacuí, enquanto a própria Engevix avalia a ampliação do ERG. Todo o pacote, incluindo os projetos e os empreendimentos em operação, equivale a R$ 2,3 bilhões em investimentos. Segundo Coester, mais de dez municípios na área de uma bacia hidrográfica de 700 quilômetros de extensão estão aptos a receber investimentos ligados à indústria naval. "Nossa estratégia é não concentrar toda a indústria num só lugar", afirmou.
Fonte: Valor Econômico

PORTO DO RIO GRANDE OBTEVE MAIOR MOVIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DA ÚLTIMA DÉCADA

   O porto do Rio Grande movimentou no primeiro trimestre de 2011 o equivalente a 6.321.611 toneladas, incluindo cargas, descargas e transbordos. Na comparação com igual período de 2010, o crescimento foi de 24,78%. Na última década, este é o melhor resultado obtido nos primeiros três meses do ano, sendo que a maior movimentação até então registrada compreendia ao ano de 2008, quando foram movimentados 5.804.080 toneladas.
   De janeiro a março de 2011, destacaram-se as exportações de trigo, que atingiram um volume de 1.281.487 toneladas, o que significou um aumento expressivo de 249,86% em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, o volume de trigo exportado foi de 366.281 toneladas. De acordo com o 7º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) em relação à safra 2010-2011, a produção de trigo no Estado do RS foi de 1.974.800 toneladas, sendo que 64,8% dos grãos foram exportados pelo Porto do Rio Grande.
   Em segundo lugar entre as mercadorias exportadas, esteve o farelo de soja com 591.976 toneladas, obtendo um crescimento de 88,15% em relação ao mesmo período de 2010. Na ocasião, o volume exportado foi de 314.616 toneladas. Entre as maiores exportações, aparece também a soja em grão com 202.706 toneladas, sendo que em 2010 esse volume foi de 60.224 toneladas, o que representa um incremento de 236,59%.
   Na movimentação do porto gaúcho por segmento, verificou-se uma queda de 8,29% nas operações com o segmento carga geral, já os segmentos granel sólidos e líquidos, apresentaram, respectivamente, crescimento de 51% e 17,49%. Nesse primeiro trimestre, no segmento granel sólido, entre os principais volumes importados, esteve o trigo com 155.766 toneladas, apresentando um incremento de 55,78% comparado a 2010 (99.991 toneladas). O fosfato de cálcio natural obteve a segunda maior importação do segmento, com 118.248 toneladas, registrando um incremento de 100,84% em relação a 2010 (58.878 toneladas). A Uréia também apresentou um dos principais volumes de importações com 109.723 toneladas, 91,06% a mais que em 2010 (57.430 toneladas).
   No segmento granel líquido, a mercadoria que apresentou o principal volume exportado foi o óleo de soja com 124.965 toneladas, com crescimento de 269,47% comparado ao mesmo período de 2010 (33.823 toneladas). Já o principal volume importado no segmento, foi o ácido sulfúrico com 76.026 toneladas, representando um incremento de 5,33%. Em 2010, o volume obtido foi de 72.177 toneladas.
   No primeiro trimestre de 2011, os principais destinos das exportações do Brasil pelo Porto do Rio Grande foram países da Europa (21,91%), países da África (17,65%), países da Ásia (15,12%) e demais países (45,31%). Destes, os principais destinos das exportações foram Argélia (425.052 toneladas), Espanha (269.323 t), Egito (236.092 t), Holanda (199.924 t) e China (189.040 t).
Fonte: Portos e Navios

GOVERNO QUER ICMS DE 2% EM 2014 PARA IMPORTADOS

   O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, encaminhou ontem à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado proposta do governo de reforma tributária para a unificação de alíquotas interestaduais sobre importações do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A proposta é de que haja uma transição gradual de uma alíquota final de 12% para 2%, de 2012 a 2014, e que a cobrança passe da origem para o destino.
   O modelo de reforma tributária fatiada defendido pelo governo compreende, além da unificação das alíquotas do ICMS, a desoneração da folha de pagamento, com a eliminação dos encargos fiscais, além de prazos menores para a devolução dos créditos do PIS, da Cofins e do IPI e da ampliação da faixa do Super Simples a empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Em audiência pública na CAE, Barbosa discutiu o projeto de resolução 72/10, do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que reduz a zero a alíquota do ICMS cobrada pelos estados na importação de produtos. "É uma medida drástica, mas que acabaria com a guerra fiscal", justificou o secretário, ponderando que "temos urgentemente um problema dos incentivos sobre as importações", agravado pelo contexto atual de "forte apreciação cambial". Barbosa disse que, atualmente, alguns estados concedem incentivos de redução de ICMS, ou crédito presumido, para atrair as importações para seus portos. "Isso gera um efeito nocivo ao Brasil como um todo e diminui a competitividade da indústria brasileira. É imprescindível que a gente comece a eliminar esses incentivos fiscais às importações", afirmou o secretário.
   A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apoiou a proposta de mudança no ICMS de produtos importados. O gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que os incentivos fiscais dados por estados para estes produtos têm prejudicado a indústria. "Em vez de direcionar demandas para produtores domésticos, nós direcionamos para fornecedores estrangeiros. Há demandas muito fortes na busca de uma solução e eliminação deste foco de distorção", disse o representante da CNI. Ele destacou que a entidade já entrou com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os incentivos estaduais. Castelo Branco observou, porém, que uma solução no Senado poderia resolver o problema de forma mais rápida.
Fonte: Jornal do Comércio

19 de abril de 2011

BANCO CENTRAL VAI DEIXAR DÓLAR IR A R$ 1,50 NOS PRÓXIMOS TRÊS MESES

   O economista do Barclays Capital em Nova York Marcelo Salomon disse nesta segunda-feira que o Banco Central parece ter aceitado deixar o real se valorizar mais nas últimas duas semanas para ajudar a conter a inflação e que a moeda norte-americana deve ir a R$ 1,50 nos próximos três meses. "Acho que parte da estratégia que o governo está adotando hoje é muito parecida com a asiática. De que você está usando um instrumento de política monetária ortodoxo, que é juros, com outros instrumentos, como medidas macroprudenciais. Mas, ao mesmo tempo, porque os fluxos são tão grandes você deixa a moeda te ajudar também", disse, após palestra no "2011 Brazil Summit", promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, com apoio da Agência Estado. Segundo ele, o BC ainda deve optar por aumentar a Selic em 0,50 ponto porcentual na reunião da próxima semana, para 12,25%, e continuar usando medidas macroprudenciais para tentar diminuir a expansão de oferta de crédito do consumidor. "Mas, se a inflação continuar a subir, então acho que eles vão ter que subir os juros de novo em algum momento este ano", observou.
Fonte: Agência Estado

CHINA ABRIU AS PORTAS A PRODUTOS BRASILEIROS, SEGUNDO DILMA

   A presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil atingiu os principais objetivos na visita à China na semana passada. De acordo com Dilma, o país abriu as portas para que mais produtos brasileiros tenham entrada na China. "A viagem foi bastante proveitosa", disse. No programa semanal de rádio "Café com a Presidenta", Dilma ressaltou ainda acordos em áreas como ciência e tecnologia, além de negócios com empresários asiáticos. "São investimentos que, além de trazer dinheiro e novas tecnologias, também vão gerar emprego para milhares de trabalhadores", explicou. A presidenta afirmou que será necessário investir na capacitação de trabalhadores brasileiros para que o país possa atender às demandas, sobretudo no setor de tecnologia da informação. Para ela, a entrada de empresas chinesas deverá baratear produtos como celulares, televisores e tablets. "(Estou) muito satisfeita. Acho que foi um salto de qualidade em nossas relações, mas queremos mais. Hoje, vendemos muita matéria-prima para a China. Queremos vender a matéria-prima, mas também queremos vender produtos mais elaborados", destacou.
   Sobre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a presidente disse que a reunião realizada na China foi importante e que assuntos como o crescimento dos países, o combate à pobreza, o comércio mundial mais equilibrado e o controle da especulação financeira foram discutidos. 
Fonte: O Estadode São Paulo

MDIC PARTICIPA NO URUGUAI DE EVENTO DO BANCO INTERAMERICANO SOBRE SERVIÇOS

   O secretário de Comércio e Serviços (SCS) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Humberto Ribeiro, esteve presente nesta quinta-feira (14/04), em evento Latin American and Caribbean Outsourcing and Offshoring Summit, realizado pelo Banco Interamericano (BID), em Montevidéu, Uruguai. Na ocasião, o secretário participou de mesa redonda sobre Serviços de Engenharia, Software e Tecnologia da Informação na América Latina, juntamente com o embaixador da India, Shri. R Viswanathan, e dois empresários da área.
   Em sua fala, Humberto Ribeiro destacou que, além de toda a expansão da infraestrutura que acontece no país, o governo brasileiro está atento às oportunidades domesticas e internacionais em serviços, incluindo a expansão de empresas brasileiras no exterior e o estabelecimento de investimentos estrangeiros no Brasil. O secretário ressaltou os três grandes projetos para o setor de serviços, trabalhados pela SCS: a Política Nacional de Comércio e Serviços; a Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (NBS); e o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços Intangíveis e Outras Operações (Siscoserv). A escala do mercado de serviços brasileiros fez com que o país se tornasse um protagonista da inserção do setor na América Latina.

Sustentabilidade econômica
   A sustentabilidade da economia brasileira é verificada ao alinhar investimento em projetos estruturantes, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o pré-sal e os megaeventos esportivos que o Brasil vai sediar em 2014 e 2016 (Copa do Mundo e Olimpíada, respectivamente), com uma jovem pirâmide etária que proporciona disponibilidade de mão de obra. O secretário ressaltou ainda que as políticas públicas implementadas pelo governo federal nos últimos anos propiciou a migração de dezenas de milhões de pessoas das classes E e D para as de maior poder aquisitivo. “O aumento do poder de compra da população eleva o consumo das famílias brasileiras, que passam a demandar cada vez mais do setor de serviços, e gera uma nova oportunidade para ganhos de capacidade significativos do setor terciário brasileiro nos segmentos de comércio e serviços”, comentou Humberto Ribeiro.
   Novas políticas públicas estão sendo pensadas em conjunto com a sociedade civil para o desenvolvimento desses setores. 
Fonte: MDIC

12 de abril de 2011

BRASIL E CHINA FECHAM 20 ACORDOS DE COOPERAÇÃO

   O Brasil e a China fecharam cerca de 20 acordos de cooperação durante visita da presidente Dilma Rousseff ao país asiático, informou a agência de notícias chinesa Xinhua. O presidente chinês, Hu Jintao, e a presidente brasileira assinaram um comunicado conjunto, após se reunirem na tarde de hoje (no horário local) em Pequim, no qual afirmaram que os dois países continuarão a promover a cooperação comercial e de investimento.
   Brasil e China assinaram uma série de documentos de cooperação, que incluem os setores de alta tecnologia, energia, aviação, educação e agricultura. A Xinhua não especificou, no entanto, o valor exato dos acordos. Entre os documentos assinados, está um memorando de entendimento sobre o estabelecimento de um centro de pesquisa e inovação sino-brasileiro de nanotecnologia. Os dois países planejam desenvolver também cooperação em tecnologia de bambu, recursos hídricos, esportes, agricultura e educação. Nos termos da cooperação entre as organizações e as empresas dos dois países, a China e o Brasil anunciaram 13 acordos relevantes nos campos de mídia, educação e aviação, entre outros. Falando de forma positiva sobre as conquistas que o Brasil e a China fizeram na cooperação comercial e econômica, o comunicado conjunto destaca que os dois países estão satisfeitos com o rápido crescimento do comércio e dos investimentos bilaterais.

Comércio   A China informou ainda que vai incentivar as empresas a aumentarem as importações de produtos de alto valor agregado do Brasil. Por sua vez, o Brasil reafirmou que irá rapidamente tratar do seu compromisso de reconhecer a China como economia de mercado, de acordo com os termos da ação conjunta dos dois países, segundo o comunicado. Os dois líderes também apelaram para que a Rodada de Doha produza resultados abrangentes e equilibrados a fim de resolver os problemas dos países menores do mundo desenvolvido, disse a Xinhua. Os dois países concordaram em cooperar mais estreitamente na reforma dos sistemas monetário e financeiro internacionais no âmbito da estrutura do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) e pediram uma ampliação da supervisão, a fim de evitar novas crises, enquanto trabalham em direção à recuperação econômica global, destacou a agência.
   O vice-premiê chinês, Wang Qishan, disse em um seminário fechado entre empresários da China e do Brasil que o gigante asiático deseja trabalhar com o País para impulsionar a cooperação entre as empresas chinesas e brasileiras. Em seu discurso, Wang ressaltou a cooperação efetiva entre China e Brasil em áreas como energia, recursos naturais, finanças, agricultura, ciência e infraestrutura. Dilma, que também participou do seminário, afirmou que o Brasil atribuía grande importância à parceria estratégica bilateral e tinha feito esforços ativos para reforçar a cooperação pragmática entre os dois países. Wang pediu também que ambos os países implementem seriamente um plano de ação conjunta e usem a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Coordenação e Cooperação (Cosban) como uma plataforma para criar bons ambientes de negócios para as empresas das duas nações.
Fonte: O Estado de São Paulo

8 de abril de 2011

CAI IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO PARA 212 BENS DE CAPITAL

   O governo reduziu para 2% a alíquota do imposto de importação para 212 bens de capital. A relação dos produtos foi publicada nesta sexta-feira, 8, no Diário Oficial da União (DOU) por meio de resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
   Os itens foram incluídos na lista de ex-tarifários, que permite a redução temporária de tarifas para aquisição no exterior de bens de capital, informática e telecomunicação que não têm produção nacional. A redução de tarifas ocorre depois da análise pelo governo dos projetos de investimentos - onde os equipamentos serão utilizados - apresentados pela iniciativa privada.
   Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os investimentos previstos nos projetos beneficiados com a queda do imposto de importação somam US$ 1,863 bilhão. As importações dos produtos devem totalizar US$ 350 milhões. A redução do tributo vale até 30 de junho de 2012. O governo entende que o ex-tarifário estimula os investimentos ao baratear a compra de máquinas e equipamentos sem similar nacional. O mecanismo é usado pelo Ministério do Desenvolvimento desde 2003.
Fonte: Agência Estado

MDIC PASSA A DIVULGAR BALANÇA COMERCIAL DAS COOPERATIVAS

   O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga, nesta sexta-feira (8/4), os balanços das operações de exportação e importação das cooperativas brasileiras com a série histórica desde 2005 até o resultado do primeiro bimestre de 2011. Os resultados do mês de março de 2011, assim como as próximas balanças mensais, serão publicados no site do MDIC, no começo da segunda quinzena do mês, entre os dias 15 e 20. Por meio da divulgação deste recorte estatístico da balança comercial brasileira, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC atende a uma demanda do setor. “Com estes dados, as cooperativas brasileiras, que representam um dinâmico setor da nossa economia, poderão formular melhor as suas estratégias de inserção no mercado internacional”, destacou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres.

Primeiro Bimestre   No primeiro bimestre de 2011 (janeiro-fevereiro), a balança comercial das cooperativas apresentou saldo positivo de US$ 586,4 milhões, resultado recorde para o bimestre e com valor superior em 28,3% ao de 2010 (US$ 457,3 milhões). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) no período (US$ 674,9 milhões) foi também o melhor resultado da série histórica desde 2005, com expansão de 27,3% em relação aos meses de janeiro e fevereiro de 2010 (US$ 530,1 milhões).

Exportações Bimestrais
   No bimestre, as exportações das cooperativas apresentaram crescimento de 27,7% sobre o mesmo período de 2010, para um total de US$ 630,7 milhões. A participação destas vendas no total exportado pelo país no período (US$ 31,9 bilhões) foi de 2%. Considerando a série, apenas em 2009 (-25%) as exportações do setor não registraram expansão sobre o período anterior, fato que se explica pela crise financeira internacional, que resultou em retração no comércio mundial. Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, no primeiro bimestre de 2011, tiveram destaque: café em grão (US$ 126,8 milhões, representando 20,1% do total exportado pelas cooperativas); açúcar (US$ 114,4 milhões, 18,1%), trigo (US$ 93,0 milhões, 14,8%); carne de frango congelada (US$ 64,8 milhões, 10,3%); etanol (US$ 62,8 milhões; 10,0%); farelo de soja (US$ 47,4 milhões, 7,5%); carne suína congelada (US$ 19,9 milhões, 3,2%); óleo de soja em bruto (US$ 18,9 milhões, 3,0%); carnes de outros animais, salgadas ou secas (US$ 16,0 milhões, 2,5%); preparações alimentícias de frango (US$ 9,7 milhões, 1,5%); e milho em grão (US$ 8,7 milhões, 1,4%).
   Os países que mais compraram das cooperativas brasileiras foram: Estados Unidos (US$ 94,3 milhões, representando 15,0% do total); Alemanha (US$ 66,2 milhões, 10,5%); Emirados Árabes Unidos (US$ 39,4 milhões, 6,3%), Japão (US$ 33,1 milhões, 5,3%); Argélia (US$ 27,8 milhões, 4,4%); Arábia Saudita (US$ 25,4 milhões, 4,0%); Bangladesh (US$ 23,8 milhões, 3,8%); Países Baixos (US$ 22,4 milhões, 3,6%); Bélgica (US$ 22,1 milhões, 3,5%); China (US$ 19,5 milhões, 3,1%), França (US$ 17,6 milhões, 2,8%); e Canadá (US$ 14,5 milhões, 2,3%).
   O Paraná foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, US$ 199,4 milhões, representando 31,6% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: São Paulo (US$ 179,8 milhões, 28,5%); Minas Gerais (US$ 125,3 milhões, 19,9%); Rio Grande do Sul (US$ 64,3 milhões, 10,2%); Santa Catarina (US$ 36,8 milhões, 5,8%); Mato Grosso (US$ 9,4 milhões, 1,5%); Tocantins (US$ 4,0 milhões, 0,63%); e Goiás (US$ 3,3 milhões, 0,52%).

Importações Bimestrais   Nas importações, houve expansão de 21,4% nas compras externas efetuadas por cooperativas, que passaram de US$ 36,4 milhões, em janeiro e fevereiro de 2010, para US$ 44,2 milhões, em janeiro e fevereiro de 2011. As aquisições do setor representaram 0,1% do total importado pelo país no período (US$ 30,3 bilhões). Os principais produtos importados pelas cooperativas, no primeiro bimestre de 2011: cloretos de potássio (com compras de US$ 7,2 milhões, representando 16,3% do total importado pelas cooperativas); ureia com teor de nitrogênio (US$ 6,4 milhões, 14,6%); máquinas para fiação de matérias têxteis (US$ 4,8 milhões, 10,9%); malte não torrado (US$ 4,1 milhões, 9,2%); farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja (US$ 3,4 milhões; 7,6%); produtos semimanufaturados, de outras ligas de aços (US$ 2,2 milhões, 4,9%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 2 milhões, 4,4%); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 1,7 milhão, 3,9%); batatas preparadas ou conservadas, congeladas (US$ 1,3 milhão, 3,1%); e arroz semibranqueado, não parboilizado, polido (US$ 1 milhão, 2,3%).
   A Alemanha foi o país que mais forneceu bens para as cooperativas brasileiras (compras de US$ 8,8 milhões, representando 19,9% do total). Na sequência, estão: Argentina (US$ 5,2 milhões, 11,8%); Paraguai (US$ 4 milhões, 9,1%), Ucrânia (US$ 3,99 milhões, 9%); Bélgica (US$ 3,7 milhões, 8,4%); Canadá (US$ 3,4 milhões, 7,7%); China (US$ 2,9 milhões, 6,6%); Estados Unidos (US$ 2,7 milhões, 6,1%); Israel (US$ 1,9 milhão, 4,3%); Países Baixos (US$ 1,6 milhão, 3,5%); Uruguai (US$ 1,3 milhão, 2,9%); Rússia (US$ 1,2 milhão, 2,8%); e Egito (US$ 1,2 milhão, 2,8%).
   O Paraná foi também o estado com maior volume de importações via cooperativas, com US$ 20,1 milhões, representando 45,4% do total das compras deste segmento. Em seguida, aparecem: Santa Catarina (US$ 7,3 milhões, 16,5%); São Paulo (US$ 5,6 milhões, 12,8%); Goiás (US$ 3,3 milhões, 7,6%); Mato Grosso (US$ 3,1 milhões, 7%); Rio Grande do Sul (US$ 2,6 milhões, 5,8%); Mato Grosso do Sul (US$ 2,1 milhões, 4,7%); Espírito Santo (US$ 53,3 mil, 0,12%); e, Minas Gerais (US$ 28,2 mil, 0,06%).
Fonte: MDIC

ARGENTINOS QUEREM COTAS PARA CARNE SUÍNA BRASILEIRA

   A Federação Agrária Argentina (FAA), uma das mais combativas associações ruralistas do país, exigiu que o governo da presidente Cristina Kirchner aplique um sistema de cotas para a entrada de carne suína brasileira. Segundo o líder da Federação, Eduardo Buzzi, caso o governo não aplique cotas os ruralistas marcharão à fronteira com o Brasil para evitar a entrada de caminhões com carne suína. "Estamos dispostos a brecar os caminhões que entrem na Argentina com leitões", disse Buzzi, famoso por sua capacidade de mobilização desde que entre 2008 e 2099 foi um dos principais protagonistas dos protestos ruralistas contra o governo Kirchner.
   Buzzi afirmou que a presidente Cristina "primeiro fala em acrescentar valor e depois abre o "porcoduto", que liquida os pequenos e os médios produtores suínos". O líder ruralista alertou: "Vamos ficar de vigias, para que não deixem que entrem porcos que afetem nossos produtores nacionais."
Preocupação:
    A Federação sustenta que está ocorrendo uma invasão de polpa suína brasileira no país e afirma que a importação nos primeiros dois meses deste ano foi de 11 mil toneladas (80% a mais do que no mesmo período do ano passado), volume substancialmente superior à marca de 4 mil toneladas do ano passado.
Outros dados, do Serviço Nacional Sanitário e de Qualidade Agroalimentar (Senasa) indicam que as importações no primeiro bimestre de 2011 chegaram a 9,5 mil toneladas, quase o dobro do mesmo período de 2010. "Estamos preocupados pois ficamos sabendo que nas últimas semanas os frigoríficos locais estão trazendo polpa de leitão do Brasil. É preciso dar uma brecada nesta manobra comercial, caso contrário será um atentado contra as possibilidades de nossos pequenos e médios produtores irem para a frente", afirmou Ciriaco Fortuna, diretor da Comissão de Produtores Suínos da FAA. Segundo a Federação, o Ministério da Agricultura da Argentina "tomará providências" sobre o caso. A FAA também indicou que a resolução do conflito passará pela Secretaria de Comércio Interior, comandada pelo controvertido Guillermo Moreno, famoso por diversas medidas protecionistas que impediram a entrada de vários produtos Made in Brazil na Argentina nos últimos dois anos.
Invasão:
   O setor suíno argentino tem uma longa história de confrontos com os produtores de porcos do lado brasileiro da fronteira. A briga começou em 1997, durante o governo do então presidente Carlos Menem, quando os produtores locais começaram a reclamar sobre supostas "invasões" de suínos brasileiros em terras argentinas. Na época, os argentinos chegaram ao ponto de acusar os brasileiros de fornecerem milho subsidiado como alimentos aos suínos. Além disso, em diversas ocasiões fizeram piquetes nas estradas próximas à fronteira para impedir a passagem dos caminhões que transportavam carne suína proveniente do Brasil. No entanto, a carne suína saiu da longa lista de produtos "sensíveis" após a virada do século, já que entre 2001 e 2003, com a crise econômica argentina, a importação despencou e os produtores locais recuperaram o mercado de suínos. Mas, o novo crescimento das importações suínas provenientes do Brasil desde o ano passado está despertando novos sentimentos protecionistas entre os produtores.

Porco pesado:11 mil toneladas foi quanto a Argentina importou de carne suína do Brasil nos primeiros dois meses deste ano. 80 % foi quanto cresceu a importação de 2010 para 2011.
Fonte: Federasul

SECEX APRESENTA PLANO NACIONAL DA CULTURA EXPORTADORA

   Na 17ª Reunião Ordinária Fórum Nacional de Secretários de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Fonseic), que aconteceu na sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), nesta quinta-feira (7/4), a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, apresentou a Plano Nacional da Cultura Exportadora.
   O principal objetivo do plano é desenvolver e difundir a cultura exportadora nos estados, com a capacitação de gestores públicos, empresários e profissionais de comércio exterior. “O envolvimento e a participação de todos os entes federativos é muito importante para aumentar a base exportadora em nosso país”, disse a secretária às autoridades presentes no fórum.
   Em uma primeira fase, haverá articulação com os estados para aperfeiçoar a divulgação dos dados estatísticos de comércio exterior e para realização dos Encontros Nacionais de Comércio Exterior (Encomex). O objetivo é ainda ampliar a participação dos estados no projeto Primeira Exportação, que visa capacitar empresas a realizar a primeira operação de exportação. Também faz parte do plano aumentar as ações de treinamento da Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior (Redeagentes), com cursos básicos de exportação, treinamentos para Empresas de Pequeno Porte e cursos de capacitação de formadores. A ideia é ainda facilitar parcerias com entidades federais relacionadas ao comércio exterior, como Suframa, Apex, Sebrae, Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além de outras. Uma próxima reunião com os representantes estaduais foi programada para o começo do mês maio para discutir esta cooperação institucional.
Fonte: MDIC