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19 de janeiro de 2012

COOPERATIVAS BATEM RECORDE DE EXPORTAÇÕES E TÊM SUPERÁVIT 40% MAIOR EM 2011

   Em 2011, as exportações das cooperativas brasileiras tiveram crescimento de 39,8% sobre 2010, alcançando um total de US$ 6,175 bilhões. Foi o maior resultado já verificado na série histórica iniciada em 2005. As importações realizadas por cooperativas também registraram expansão de 29,6%. Passaram de US$ 274 milhões, entre  janeiro e dezembro de 2010, para US$ 355,2 milhões, no mesmo período de 2011. Com isso, o saldo chegou a US$ 5,819 bilhões, resultado recorde superando em 40,4% o registrado em 2010, quando atingiu US$ 4,144 bilhões. A corrente de comércio em 2011 também foi a melhor da série histórica: US$ 6,530 bilhões. Uma expansão de 39,2% em relação aos doze meses de 2010.

Exportações
   Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas no ano passado, destacaram-se: açúcar refinado (com vendas de US$ 1,048 bilhão, representando 17% do total); café em grãos (US$ 839,3 milhões, 13,6%); soja em grãos (US$ 698,9 milhões, 11,3%); açúcar em bruto (US$ 675,8 milhões, 11%);  os pedaços e miudezas comestíveis de frango (US$ 569,9 milhões, 9,2%); e o etanol (US$ 535,3 milhões, 8,7%).
   As cooperativas venderam para 133 países no período. Os principais foram os Estados Unidos (exportações de US$ 739,2 milhões,  12% do total); a China (US$ 736,1 milhões, 11,9% ); os Emirados Árabes Unidos (US$ 526,3 milhões, 8,5%); a Alemanha (US$ 441,5 milhões, 7,2%); e os Países Baixos (US$ 311,9 milhões, 5,1%). Das 27 Unidades da Federação, 21 realizaram exportações por meio de cooperativas. São Paulo foi o estado com maior participação (vendas de US$ 2,078 bilhões, 33,7% do total). Em seguida ficaram o Paraná (US$ 1,930 bilhão, 31,3%); Minas Gerais (US$ 885,5 milhões, 14,3%); o Rio Grande do Sul (US$ 363,6 milhões, 5,9%); e Santa Catarina (US$ 312,7 milhões, 5,1%). 

Importações
   Os principais produtos importados pelas cooperativas em 2011 foram os cloretos de potássio (compras de US$ 58,5 milhões, 16,5% do total); a ureia com teor de nitrogênio (US$ 29,4 milhões, 8,3%); o diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 27,0 milhões, 7,6%); a cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 6,7%); e o milho em grãos (US$ 20,1 milhões, 5,7%). As compras externas das cooperativas foram originárias, no período, de cinquenta países. Merecem destaque a Argentina (compras de US$ 46,2 milhões, representando 13,0% do total); a Rússia (US$ 45,0 milhões, 12,7%); a Alemanha (US$ 44,4 milhões, 12,5%); o Paraguai (US$ 34,8 milhões, 9,8%); e os Estados Unidos (US$ 26,7 milhões, 7,5%). No ano passado, das 27 Unidades da Federação, 13 realizaram importações por meio de cooperativas. O Paraná foi o estado com maior valor de importações  (US$ 136,8 milhões, representando 38,5% do total). Em seguida ficaram Santa Catarina (US$ 92,2 milhões, 26%); São Paulo (US$ 62,1 milhões, 17,5%); Rio Grande do Sul (US$ 24,1 milhões, 6,8%); Goiás (US$ 18,6 milhões, 5,2%); e Mato Grosso (US$ 11,2 milhões, 3,2%).                                                                            
                                                                                                                                 Fonte: MDIC

12 de janeiro de 2012

AGRONEGÓCIO - EUA SUSPENDEM IMPORTAÇÃO DE SUCO

Americanos alegam presença de fungicida proibido no suco de laranja brasileiro; ministro afirma que produto nacional cumpre a legislação.
     O governo dos Estados Unidos suspendeu ontem as importações de suco de laranja do Brasil e outros países por conta da presença de um fungicida na bebida que é proibido no mercado americano. A suspensão foi decidida pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), segundo informações da agência de notícias "Bloomberg".
      O governo brasileiro foi pego de surpresa pela notícia, mas o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, prometeu que vai mostrar que a situação do suco exportado é regular. "O que os Estados Unidos dizem da laranja, os russos dizem da carne", argumentou. Ao embargarem a compra de carnes brasileiras em junho do ano passado, os russos alegaram que o produto brasileiro não apresentava todas as especificações necessárias para entrar naquele país. Além de vetar a entrada do suco, o órgão americano planeja destruir ou proibir a comercialização do produto que já foi importado se testes encontrarem qualquer nível do fungicida carbendazim, que é usado em pomares brasileiros e europeus, mas proibido nos Estados Unidos. Os resultados dos testes feitos em cargas que já se encontram em portos americanos devem sair ainda nesta semana.

Risco:
    Traços do fungicida, que estudos relacionam ao aumento do risco de tumores no fígado em animais, foram encontrados em suco de laranja produzido no Brasil e exportado aos EUA. Os americanos compram 15% de todo o suco brasileiro, maior produtor mundial da bebida. Em termos de valor, os EUA absorvem US$ 300 milhões dos US$ 2 bilhões que o Brasil exporta anualmente da bebida.
    De acordo com a Bloomberg, o governo dos EUA também vai testar o suco que já foi colocado à venda. Isso porque o produto comercializado no mercado americano contém, geralmente, uma mistura de suco importado com o produzido domesticamente, explicou Siobhan DeLancey, porta-voz da FDA.
   Se traços do fungicida forem encontrados, a agência vai informar o público e "tomará as medidas necessárias para assegurar que o produto seja removido do mercado", garantiu a porta-voz. Até o início da noite de ontem, o governo brasileiro não havia sido notificado oficialmente por Washington sobre a suspensão das importações. O Ministério da Agricultura fez questão de esclarecer, em nota divulgada à imprensa, que o carbendazim é registrado para uso em lavouras de citros - laranja, limão, lima, tangeria, entre outros - há 21 anos. O fungicida, utilizado em várias culturas agrícolas, é usado na citricultura para combater a "pinta-preta", um tipo de fungo comum em pomares de laranja.
   A quantidade de fungicida autorizada pelo Ministério da Agricultura para produtos destinados à exportação segue o limite estabelecido pelo Codex Alimentarius, programa conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que normatiza regras que garantem a segurança dos alimentos em todo o mundo. O Codex estabelece o limite de 1 miligrama de fungicida por quilo de citros, o que equivale a mil partes por bilhão.

Indústria.
   A indústria do suco de laranja brasileira também não havia sido informada sobre a decisão. A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) foi procurada pela reportagem do Estado, mas não se pronunciou. Anteontem, o presidente da associação, Christian Lohbauer, já havia admitido a possibilidade dos EUA vetarem a entrada do suco brasileiro.
Fonte: O Estado de São Paulo