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3 de maio de 2012

GOVERNO ACEITA DISCUTIR ISENÇÃO DE PARTE DE IR SOBRE PLR



   Nas festas de comemoração deste 1º de Maio em São Paulo, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, anunciou que o governo aceitou discutir com as centrais sindicais a concessão de isenção de parte do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). "Falta a gente chegar, essa semana ainda, a um número para o acordo entre o governo e as centrais sindicais", disse o ministro. A presidente Dilma Rousseff deve se reunir com as centrais nesta quinta-feira, 3, para tentar chegar a um acordo sobre a proposta, mas Carvalho adiantou que não haverá isenção completa de imposto sobre a PLR. "Não chegaremos ao que as centrais querem, mas chegaremos a um número médio", avisou o ministro.
   De acordo com Carvalho, a presidente Dilma Rousseff está convencida de que a medida pode ajudar a aquecer a economia interna. "Sabemos que este dinheiro, no bolso do trabalhador, é uma injeção na veia do mercado", afirmou. O ministro repetiu o discurso no evento organizado pela Força Sindical, na manhã desta terça-feira na praça Campos de Bagatelle, e na comemoração promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Vale do Anhangabaú. Gilberto Carvalho destacou que o Brasil vive uma situação diferente do resto do mundo. "Aqui nós celebramos o pleno emprego", disse.
   Ao apresentar o futuro ministro do Trabalho, deputado federal Brizola Neto, na festa da CUT, Carvalho reiterou a disposição do governo com a isenção do imposto de renda sobre a participação nos lucros. "É dessa forma, negociando, que construímos um País democrático", disse.
   O encontro da presidente com as centrais sindicais vai acontecer no mesmo dia da posse de Brizola Neto no Ministério do Trabalho.
Fonte: O Estado de São Paulo

DÍVIDAS DE EUA E JAPÃO PREOCUPAM MAIS QUE A ZONA DO EURO SEGUNDO O FMI










   Os níveis das dívidas norte-americana e japonesa são tão ruins ou piores do que na zona do euro, advertiu o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, em entrevista a um jornal francês nesta quinta-feira, dizendo ainda que os países devem ter como objetivo, com o tempo, proporções da dívida em relação ao PIB de 40 por cento ou menos.
   "A crise revelou que vamos de 60 a 100 por cento (do PIB) rapidamente. Isso é verdade para a zona do euro, mas não exclusivamente", declarou Blanchard ao Les Echos. "A situação dos Estados Unidos e do Japão está, em relação a essa questão, tão ruim ou até pior", completou.
   O economista-chefe do FMI afirmou também que, apesar de acreditar que os países deveriam buscar uma proporção da dívida de até 40 por cento do PIB no longo prazo, eles deveriam agora se focar em 60 por cento.
   Idealmente, países deveriam ter como meta cortes no longo prazo que levem em consideração a demanda no curto prazo com medidas como aumento gradual na idade de aposentadoria, acrescentou Blanchard.
Fonte: Reuters do Brasil

BANCOS PROJETAM PIB DE 3,2% EM 2012 E DE 4,2% EM 2013

Foto: jornale.com.br
   O Produto Interno Bruto (PIB) deverá encerrar 2012 com crescimento de 3,2%, segundo a mediana das expectativas de 31 bancos que participaram da Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) entre os dias 26 e 30 de abril. O levantamento também aponta para uma expansão do PIB em 2013 da ordem de 4,2%.  Já o governo trabalha com a expectativa mais otimista, de um crescimento de 4,5% em 2012, enquanto a sondagem do mercado revelada na pesquisa Focus, estima um crescimento de 3,2% do PIB este ano. A previsão oficial do Banco Central considera uma atividade econômica ao ritmo de 3,5%.
   Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o levantamento da Febraban mostra que a mediana das expectativas para este ano é de que a inflação feche em 5,1%. Para 2013, espera-se 5,5%. A taxa básica de juros, a Selic, segundo os bancos que participaram da pesquisa de janeiro, deverá terminar 2012 em 8,50% ao ano e 2013 em 10%.
   Para o dólar, a mediana das expectativas dos bancos é de que a moeda norte-americana fechará este e o próximo ano cotada a R$ 1,80.

Crédito

   As operações de crédito da carteira total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) deverão crescer 16,2% em 2012 e 16% em 2013, segundo a pesquisa da Febraban. Para as operações de crédito com recursos direcionados, a pesquisa atual aponta para um crescimento de 17,5% para este ano e para alta de 16,9% para 2013. As operações de crédito com recursos livres devem fechar este ano e o próximo com expansão de 15%.
   As operações de crédito para pessoas físicas com recursos livres, segundo as previsões dos bancos, devem encerrar 2012 com expansão de 15% e 2013 com alta de 14,9%. As operações de crédito para pessoas físicas, incluindo consignado, deverão crescer 16,1% em 2012 e 14,9% em 2013. Para as operações de crédito pessoa física para aquisição de veículos, incluindo leasing, as previsões são de uma expansão de 14,9% em 2012 e em 2013.
   Para as pessoas jurídicas, o crédito com recursos livres deverá aumentar 15% neste ano. Para 2013, a previsão é de crescimento de 15,1%. No que diz respeito à taxa de inadimplência - atrasos acima de 90 dias-, a previsão dos bancos para este ano é de 5,3% e para o ano que vem de 5%.
Fonte: O Estado de São Paulo

BRASIL E ISRAEL FINANCIARÃO PROJETOS CONJUNTOS NA ÁREA DE INOVAÇÃO










    Brasil e Israel acertaram nesta quinta-feira (03/05) o lançamento, em julho deste ano, de um edital de cooperação para o financiamento de projetos a partir de US$ 500 mil na área de inovação. O objetivo é desenvolver de forma conjunta novas tecnologias com foco em TICs (tecnologias da informação e comunicação), ciências da vida (biotecnologia e fármacos) e aviônica. O anúncio foi feito pelo secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Exterior, Nelson Fujimoto, durante a OCS National R&D Conference 2012, a maior feira de inovação de Israel e uma das maiores do mundo. “É uma fórmula vencedora, que une as competências de dois países para lançar no mercado internacional uma tecnologia nova. Trata-se de uma inovação em políticas públicas para o Brasil”, disse o secretário.
   Principal palestrante do evento organizado pelo Gabinete do Cientista Chefe do Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho de Israel, Fujimoto fechou o acordo em reunião realizada ontem com o cientista-chefe do Matimop (agência de desenvolvimento de inovação de Israel), Avi Hasson, e com o diretor-geral do ministério da Indústria, Comércio e Trabalho, cargo equivalente ao de secretário-executivo no Brasil, Sharon Kedmi. Após o período de inscrição e seleção dos projetos, serão definidos os parceiros. Pelo lado brasileiro, quem financiará as pesquisas será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os instrumentos de financiamento serão diferenciados para pequenas e médias e para grandes empresas. Pelo acordo, o tratamento dos projetos será similar nos dois países.
   Israel mantém acordos semelhantes com Estados Unidos, China e países da União Européia. Essas parcerias já resultaram na formulação de 250 projetos inovadores. Com a China, a intenção israelense é desenvolver 25 projetos por ano. “Não é relação predatória. É uma relação ganha-ganha para os países e as empresas”, explicou o secretário Nelson Fujimoto.

Ciência Sem Fronteiras

   Como parte da visita oficial ao país, o secretário de Inovação do MDIC visitou universidades israelenses para conhecer de perto o modelo de investimento em inovação que já rendeu a pesquisadores do país sete prêmios Nobel nos últimos dez anos. Segundo ele, as instituições israelenses têm uma relação diferente com a inovação. “Formam mão-de-obra, mas seu principal objetivo é pesquisa e desenvolvimento em tecnologia e inovação. Trabalham em sistema de transferência de conhecimento para o setor privado”, apontou.
   O roteiro da missão incluiu a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Universidade de Tel Aviv e o Instituto Israelense de Tecnologia, em Haifa. Sondadas pelo secretário, as três instituições demonstraram disposição em firmar convênios com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para participar do Programa Ciência Sem Fronteiras, que prevê a concessão de bolsas para 100 mil pesquisadores brasileiros estudarem em outros países. O secretário fará a ponte entre as instituições e a Capes.
Fonte: MDIC