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31 de julho de 2012

PARA DILMA, MERCOSUL SE CONSOLIDA COMO POTÊNCIA ENERGÉTICA E ALIMENTAR

    A presidente Dilma Rousseff avaliou nesta terça-feira que a entrada da Venezuela no Mercado Comum do Sul (Mercosul), formalizada em cúpula extraordinária em Brasília, “consolida [o bloco] como uma potência energética e alimentar global.” “Estamos conscientes de que o Mercosul inicia uma nova etapa. De agora em diante, nos estendemos da Patagônia ao Caribe”, disse a presidente, após a reunião dos chefes de Estado participantes do bloco. “O ingresso da Venezuela amplia as potencialidades do bloco, dando-lhe ainda maior dimensão geopolítica e geoeconômica”, declarou Dilma.
    A presidente também avaliou ser “importante” o trabalho técnico a ser feito para garantir a incorporação do país ao bloco. Para Dilma, os países integrantes do Mercoul trabalharão para apresentar “resultados concretos” até dezembro, na próxima reunião de cúpula do bloco, ainda sob a presidência temporária do Brasil. “Temos consciência de que há um importante trabalho técnico a ser feito para garantir a plena incorporação da Venezuela ao bloco”, avaliou Dilma. A presidente também destacou que, com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com 270 milhões de habitantes, o que representa 70% da população da América do Sul, e um PIB a preços correntes de US$ 3,3 trilhões, o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano.
    A expectativa dos países integrantes do bloco, entretanto, é que a Venezuela cumpra os compromissos até o fim deste ano, segundo declarou a presidente Dilma Rousseff no encontro.
Fonte: Valor Econômico

ESPECIALISTAS PREVEEM MAIOR COOPERAÇÃO ENTRE OS PAÍSES DOS BRICS

    China, Índia, Rússia e África do Sul, que compõem os Brics juntamente com o Brasil, olham para o grupo como um clube estratégico para o equilíbrio da governança global no futuro. Especialistas dos quatro países, presentes nesta terça-feira na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), falaram sobre a perspectiva de maior cooperação e integração entre os membros do grupo em questões internacionais.
    Alinhada com a China em muitas questões no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a Rússia, por exemplo, tem tensões em outras áreas com a potência oriental. No entanto, a discussão dentro dos Brics sobre interesses geopolíticos entre seus integrantes abre uma perspectiva de multipolaridade na ordem mundial que interessa aos russos, de acordo com Fyodor Lukyannov, jornalista e professor russo. De acordo com ele, apesar das diferenças geográficas, históricas e de interesses geopolíticos com os membros do grupo, a Rússia deseja entrar em um novo arranjo de forças no cenário internacional. “Na semana antes de sua eleição, o presidente Putin escreveu um artigo em que falava bem do Brics. É estratégico para o país balancear o poder norte-americano e europeu, que não está dando respostas aos desafios globais. A visão do meu país é que o mundo vai funcionar através da multipolaridade no futuro”, disse.
    Maior economia do grupo, a China também está voltando mais a atenção a essa nova forma de atuar no cenário internacional, segundo o professor da Universidade de Renmin Jin Canrong. Primeiramente, questões econômicas como aumento do comércio e defesa de um novo sistema cambial no mundo levaram o país a se aproximar de Brasil, Rússia, Índia e, posteriormente, África do Sul. Agora, há mais espaço para alinhamentos políticos, como a defesa do aumento do número de países com influência nos organismos multilaterais. A diferença de interesses e diversidade entre os integrantes do grupo, no entanto, não deixou de ser notada por Canrong. “Não há nada em comum entre os países, a não ser a ambição.”
    Varun Sahni, professor da Universidade de Nova Déli, vê o grupo com grande potencial para uma força substancial no futuro. Mas ele acredita que o sucesso dependerá mais da solução das contradições internas do que de influencias externas. “O BRIC é uma estratégia futura, de um grupo afinado de Estados. Há uma clara divisão de interesses entre Brasil e África do Sul de um lado e de Rússia e China de outro, por exemplo. O ponto crítico é como o grupo vai resolver e dar vazão às demandas de cada país”, afirmou.
    A diferença de interesses se mostra no lado sul-africano, de acordo com a professora do Institutos de Relações Internacionais Sul-Africano Elizabeth Sidiropoulos. A entrada no grupo deu poder regional ao país, além de proporcionar mais facilidade de atração de investimento externo. “Ao mesmo tempo em que aumentou a presença dos países do Brics, caíram as relações comerciais com ingleses e norte-americanos. Isso é um dos pontos principais da estratégia sul-sul que a África do Sul procura.”
Fonte: Valor Econômico

SANCIONADA LEI QUE AMPLIA RECURSOS PARA FINANCIAR EXPORTAÇÕES

    Foi sancionada ontem (30 de julho), pela presidenta Dilma Rousseff, e publicada hoje, no Diário Oficial da União, a Lei n° 12.699, que concede crédito suplementar para o Programa de Financiamento às Exportações (Proex) no valor de R$ 1,355 bilhão. O recurso está dividido entre as duas modalidades do Proex, com verba de R$ 800 milhões para o Proex Financiamento e com R$ 555 milhões para o Proex Equalização. “A sanção pela presidenta Dilma da lei que amplia o crédito para o Proex reforça o conjunto de medidas que vem sendo adotadas pelo governo para estimular as exportações, e se associa ao Reintegra, que desonera as vendas de produtos brasileiros ao mercado externo”, considerou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “A ampliação desses recursos foi um compromisso assumido no Plano Brasil Maior e esse apoio é importante para incrementar a competitividade do setor exportador brasileiro neste momento de crise econômica internacional”, avaliou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres.
    O Proex Financiamento concede empréstimos diretos aos exportadores brasileiros, que recebem o valor da operação comercial à vista e oferece ao importador prazo para o pagamento da transação. Esse mecanismo de financiamento atende, principalmente, às exportações de micro e pequenas empresas. O crédito do programa está disponível para empresas exportadoras de bens e serviços, com faturamento bruto anual de até R$ 600 milhões. Quando a operação de exportação brasileira é financiada por instituições financeiras estabelecidas no país ou no exterior, o Proex Equalização arca com parte dos encargos financeiros incidentes, de forma a tornar as taxas de juros equivalentes às praticadas internacionalmente.
Fonte: MDIC