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24 de abril de 2012

SOJA: CHINA ELEVA IMPORTAÇÕES DO GRÃO BRASILEIRO EM MARÇO

   A alfândega da China informou que as importações chinesas da soja brasileira tiveram grande crescimento no mês de março, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os embarques brasileiros de soja para a China se multiplicaram por 13 no mês citado, chegando a 901,4 mil toneladas. No acumulado do ano, o Brasil exportou 2,5 milhões de toneladas, também uma elevação expressiva ante o mesmo período do ano passado.
   Outro país que apresentou crescimento significativo de exportações foi a Argentina, com 125 mil toneladas. No ano anterior, esse país não havia exportado nenhum volume para a China.
   Já os Estados Unidos, enviaram 3,7 milhões de toneladas, o que se traduz numa alta de 9,5% na comparação anual. Durante os três primeiros meses de 2012, a soma foi de 10 milhões de toneladas, uma queda de 3,8% tendo em vista o mesmo mês do ano passado.
   A quantidade de soja exportada pelos EUA, muito superior à da Brasil, acontece porque os brasileiros ainda não colheram toda sua safra. Nos meses seguintes, porém, o Brasil costuma elevar seus embarques.
Fonte: Notícias Agrícolas

16 de abril de 2012

ATIVIDADE ECONÔMICA TEM PIOR DESEMPENHO DESDE OUTUBRO DE 2011

   O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC- Br) registrou contração de 0,23% em fevereiro na comparação com janeiro na série com ajuste sazonal, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central. Com a oscilação, o indicador passou de 140,53 pontos em janeiro para 140,20 pontos em fevereiro. Esse foi o pior desempenho mensal desde outubro de 2011, quando o índice havia caído 0,58% na comparação com setembro com ajuste.
   O desempenho em fevereiro de 2012 na comparação com janeiro veio melhor que as estimativas coletadas pelo AE Projeções, que apontavam mediana em queda de 0,30% na comparação mensal. Entre as casas ouvidas, as previsões oscilavam de contração de 0,70% a uma alta de 1,70%.
   Na comparação anual, entre os meses de fevereiro de 2012 e 2011, o indicador registrou expansão de 0,86% na série sem ajuste sazonal. Neste caso, o desempenho também foi melhor que o estimado por 17 instituições financeiras ouvidas, cuja mediana das expectativas sinalizava expansão de 0,50%, com previsões que oscilavam de crescimento de 0,20% a 1,30%.
   No acumulado do primeiro bimestre de 2012 ante os últimos dois meses de 2011, o IBC-Br registrou ligeira contração de 0,08% na série com ajuste sazonal.
   Considerado uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), o índice calculado pelo BC é uma estimativa do desempenho mensal da economia brasileira, já que o PIB só é divulgado trimestralmente. O índice ajuda a instituição a tomar medidas de política monetária.
Fonte: O Estado de São Paulo

BRASIL NEGA MAIS RECURSOS SEM AVANÇO EM REFORMA DO FMI

   O Brasil não injetará mais recursos no Fundo Monetário Internacional (FMI) enquanto não houver sinais de avanço nas reformas da instituição, que poderiam aumentar a participação de países emergentes no processo de decisões, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.  O G20 -grupo das 20 principais economias do mundo- reúne-se nesta semana na véspera da reunião semestral do FMI e do Banco Mundial para discutir a possibilidade de um aporte extra de 400 bilhões a 500 bilhões de dólares. Mantega, porém, antecipou a discussão e jogou um balde de água fria nas intenções do restante do grupo. "Não vamos colocar mais recursos (no FMI) para beneficiar os países avançados caso não haja comprometimento para levar adiante as reformas já decididas", afirmou o ministro em entrevista coletiva. "(O FMI) dá sinais de que não vai cumprir a agenda que nós aprovamos", acrescentou.
   A crítica de Mantega ao andamento das reformas no Fundo foi feita quando ele anunciou o apoio do governo brasileiro à ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, na disputa pelo comando do Banco Mundial (Bird, na sigla em inglês). Uma hora depois, no entanto, o conselho da instituição global de fomento anunciou a escolha do coreano-americano Jim Yong Kim, indicado ao posto pelos Estados Unidos. Mantega afirmou que o principal obstáculo às reformas do FMI é a oposição de países europeus que estão mergulhados em turbulência econômica. "Sinto reticência dos países europeus. Eles querem o dinheiro mas não querem levar avante as reformas", disse. O ministro sustentou que, como os europeus estão no epicentro da crise financeira, eles mesmos deveriam se antecipar e anunciar um aumento do aporte de recursos no Fundo Monetário Internacional. No ano passado, discutiu-se a possibilidade de um aporte extra de 600 bilhões de dólares no FMI para ajudar a combater a crise nos países ricos que sofrem com a desconfiança acerca da sustentabilidade de suas dívidas soberanas.
   O montante discutido hoje está em cerca de 400 bilhões de dólares, podendo chegar a 500 bilhões de dólares, conforme mostrou a Reuters na última sexta-feira. O aporte de recursos no FMI deve ser um dos temas a ser discutido na reunião semestral da instituição e do Banco Mundial no final desta semana. O governo brasileiro já fez um aporte de 14 bilhões de dólares para aumentar a participação societária na instituição. O problema é que até agora esses recursos não foram revertidos em aumento de cota.

Banco Mundial

   Pouco antes de o Banco Mundial escolher o candidato dos EUA à presidência, Mantega explicou que o governo decidiu apoiar a candidata nigeriana por falta de comprometimento do coreano-americano em ampliar espaços dos emergentes na instituição. "Queremos participação efetiva e influenciar nas decisões. Como vai atuar, para quem vai emprestar dinheiro, como vai combater a pobreza."  Apesar de o cargo ter ficado com um candidato indicado pelos Estados Unidos -mantendo a tradição de a instituição ser comandada por um cidadão norte-americano desde sua criação, depois da Segunda Guerra Mundial-, essa foi a primeira eleição que não teve unanimidade. "Os candidatos receberam apoio de diversos países-membros, o que reflete o alto calibre dos candidatos", minimizou o Banco ao anunciar a decisão do conselho. Kim assumirá o posto em 1o de janeiro para um mandato de 5 anos.
Fonte: Reuters Brasil

AUMENTA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS

   A participação brasileira nas exportações mundiais aumentou e passou de 1,36%, em 2010, para 1,44%, em 2011, segundo foi divulgado em relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) quinta-feira (12/4). O Brasil segue ocupando a vigésima segunda posição no ranking dos países exportadores com tendência de elevação de sua representatividade no comércio internacional, observada desde 2003. Na importação, o Brasil caiu uma posição em 2011, ocupando agora a vigésima primeira, mas aumentou sua participação, de 1,25% para 1,29%.
   O crescimento no comércio mundial de bens no ano passado foi de 5% (volume) e a previsão da OMC é de que haja um crescimento de 3,7% em 2012, o que seria um número abaixo da média de 5,4% dos últimos vinte anos. O relatório da OMC menciona os riscos do atual cenário mundial em que fragilidade e incertezas permanecem. O estudo cita a recessão profunda na Zona do Euro que agrava a crise financeira e o aumento do preço das commodities, elementos que abalam o comércio exterior com reflexos neste ano.
   Do outro lado, o relatório também analisa possíveis cenários positivos com o arrefecimento da crise europeia, a recuperação nos Estados Unidos que iria impulsionar a demanda mundial de importações, além de uma recuperação moderada no Japão.
Fonte: MDIC

10 de abril de 2012

IBGE APONTA QUEDA DE MAIS DE 40% NA PRODUÇÃO DE SOJA E MILHO NO ESTADO

   O levantamento da produção de grãos no país, divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou uma queda expressiva na produção de soja no Estado, devido aos efeitos da estiagem. A redução é de mais de 40% em relação à safra anterior. A produção de soja para este ano está estimada em 6.547 milhões de toneladas, contra 11,621 milhões da safra anterior. Em relação a fevereiro, quando a produção foi estimada em 7,664 milhões de toneladas, a queda foi de 14,57%.
   No caso do milho, a redução constatada pelo IBGE também superou os 40% e chegou a 42,25%. A safra deste ano deve atingir 3,335 milhões de toneladas, contra 5,776 milhões de toneladas do período anterior.
   Em relação à cultura do arroz, a queda de 2011 para 2012 é de 16,39%. No ano passado, a produção estava estimada em 8.942 milhões de toneladas, contra 7.476 milhões de toneladas. 
Fonte: Zero Hora

POLÍTICA CAMBIAL NÃO DEIXARÁ OCORRER VALORIZAÇÃO DO REAL, DIZ MANTEGA

   O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou hoje que o governo não vai permitir a apreciação do real ante o dólar. "A política cambial não deixará ocorrer valorização (do real)", afirmou. "Se necessário, tomaremos medidas contra a valorização do câmbio", acrescentou. Mantega ressaltou que o câmbio talvez seja o "principal fator de competitividade" da indústria. "Mas tira 20, 30, 40 pontos porcentuais do câmbio que eu quero ver se a indústria asiática é competitiva", disse.

Mão de obra
   O ministro afirmou que, no atual contexto de crise global, é muito importante que ocorra a desoneração da folha de pagamentos para as indústrias brasileiras. Mantega ressaltou que, com a segunda fase do Plano Brasil Maior, o governo faz um esforço para dar mais condições ao setor manufatureiro produzir inclusive porque sofre grande concorrência internacional. O programa prevê incnetivos para as indústrias no montante total de R$ 60,4 bilhões. "É imperativo que possamos reduzir o custo da mão de obra, sem prejudicar os trabalhadores, porque os trabalhadores são o nosso mercado de consumo", afirmou.
   De acordo com Mantega, o apoio fiscal que o governo vem dando para o setor manufatureiro é importante neste momento, quando a economia está em processo de aceleração. Segundo ele, mais adiante, no segundo semestre, tal apoio talvez não precisará ser tão intenso pois o PIB deverá estar apresentando uma velocidade de expansão bem maior.
Fonte: Agência Estado

DÓLAR TENDE A MANTER DECLÍNIO

   O dólar abriu em alta de 0,05%, a R$ 1,8210, mas a tendência continua de queda. Ontem, o dólar no balcão fechou em R$ 1,820, no nível do piso informal. "Não tenho dúvida de que o mercado está chamando o Banco Central para a briga. A tendência da moeda norte-americana continua sendo de baixa no mercado doméstico. Só medidas realmente estruturais poderiam inverter esta tendência. O restante é paliativo", afirmou um operador, aguardando novas compras do BC, ante a última no mercado à vista realizada no dia 3.
   Hoje os investidores europeus retornaram do feriado ainda reagindo aos dados frustrantes do mercado de trabalho dos Estados Unidos em março, aos dados de inflação na China e, também, aos de comércio chineses (este último divulgado na madrugada). O tom de cautela prevalece com a Espanha também como fator de preocupação. O país reafirmou o comprometimento com as medidas de austeridade, mas os agentes de mercado demonstram ceticismo sobre a execução dos cortes. Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em baixa, diante da decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter inalteradas tanto taxa de juro quanto medidas de relaxamento.
   A China divulgou alargamento do superávit comercial maior do que o esperado em março, alimentando temores sobre o ritmo da desaceleração no país. No mês passado, a China apresentou superávit de US$ 5,35 bilhões ante déficit de US$ 31,48 bilhões em fevereiro, sendo o enfraquecimento das importações a principal razão para a mudança na trajetória. Tanto exportações quanto importações caíram para um dígito no período. A Bolsa de Milão chegou a cair mais de 2% com temor de contágio pelos problemas financeiros da Espanha. A taxa de retorno aos investidores (yield) dos bônus de 10 anos do país atingiu nova máxima ao bater 5,83%, nível mais elevado desde dezembro. Também no início da manhã, o spread dos swaps de default de crédito (CDS) de cinco anos do país subiram para 478 pontos-base, se aproximando do recorde de 487 pontos-base atingido em 23 de novembro do ano passado. Ontem, o governo da Espanha anunciou planos de corte de mais de 10 bilhões de euros nas áreas de saúde e educação, mas o mercado mostra ceticismo sobre a execução. 
Fonte: O Estado de São Paulo

JAC MOTORS E CHERY QUEREM TRAZER FORNECEDORAS CHINESAS AO BRASIL

   Com o intuito de cumprir as exigências instituídas no novo regime automotivo, publicada na última semana, a chinesa JAC Motors planeja trazer para o Brasil fornecedoras de autopeças chinesas, que já atendem a montadora. "Queremos trazer alguns fornecedores da JAC que querem trabalhar no País", disse o presidente da JAC Motors do Brasil, Sérgio Habib. A também chinesa Chery deverá trazer ao menos sete fabricantes de autopeças chinesas ao Brasil para constituírem a sua rede local de fornecimento. Segundo o CEO das operações da montadora no Brasil, Luis Curi, a intenção da Chery é alcançar o índice de 65% de nacionalização já no primeiro ano de operações, previsto para 2013. O executivo afirmou que a companhia conseguirá seguir o novo regime automotivo e assim, obter o benefício para a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Nós não conseguiríamos chegar em 65% no primeiro ano, mas agora nos foi dado um prazo de três anos", disse Habib. A fábrica da companhia chinesa será instalada no polo industrial de Camaçari, na Bahia, e as operações estão planejadas para terem início em 2014. A unidade da JAC Motors receberá investimento de R$ 900 milhões e a capacidade produtiva deverá chegar em aproximadamente 100 mil veículos por ano.
   Além da ideia de buscar os fornecedores na China, o executivo disse que está atento às oportunidades da cadeia de fornecimento em Camaçari. Como a Ford já está situada no local, Habib disse que as operações na JAC poderão se beneficiar dessa cadeia já consolidada em Camaçari. "Para as autopeças é melhor ter dois clientes do que um", disse. No dia 14 de maio, disse o executivo, a companhia realizará um encontro com as empresas de autopeças em Camaçari.

Bancos

   Sergio Habib que os bancos brasileiros não estão "propensos" a financiar a compra de automóveis no Brasil e o fato deverá impedir o crescimento da indústria automobilística brasileira em 2012. O executivo afirmou que a inadimplência do setor vem crescendo, o que deixou os bancos ainda mais avessos ao financiamento, principalmente os de longo prazo. "Não há mais financiamento de 60 meses", destacou. Segundo Habib, a queda nos valores das prestações é o que, de fato, proporciona um aumento do mercado. "A queda das prestações é muito mais sensível ao número de parcelas do que a queda dos juros", afirmou. Por conta disso, disse o executivo, a sua percepção é de que o setor não registre crescimento neste ano em relação ao ano passado. "A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ainda não mudou as projeções, está muito otimista", disse. A entidade, que representa as montadoras instaladas no Brasil, projeta um crescimento das vendas entre 4% e 5%.
   No primeiro trimestre do ano, os licenciamentos de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) somaram 818.364 unidades, uma queda de 0,8% na comparação com os veículos comercializados em igual período de 2011.
 
Fonte: O Estado de São Paulo