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29 de agosto de 2012

INVESTIMENTOS EM ENERGIA EÓLICA DEVEM CHEGAR A R$ 40 BILHÕES ATÉ 2020

   A energia eólica vive agora nova etapa de competitividade no país, com previsão de investir, até 2020, mais R$ 40 bilhões. Essa nova fase, iniciada em 2009, totaliza a contratação de 6,7 gigawatts (GW) de potência, ao preço de R$ 100 por megawatt/hora (MWh). Os primeiros investimentos em energia eólica no país foram feitos em 2004, com subsídios do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). O objetivo era trazer novas tecnologias e formas renováveis de produção de energia, entre elas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), biomassa e eólica.
A eólica é a segunda fonte mais competitiva no país. — Hoje, ela só não é mais barata que as grandes hidrelétricas — disse a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo.  Questões de tecnologia, mercado e financiamento serão debatidos pelo setor, a partir desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, durante o 3º Brazil WindPower. É o maior evento da indústria eólica da América Latina e se estenderá até o próximo dia 31.
   O investimento feito pela indústria eólica em todos os leilões realizados no Brasil, entre 2004 e 2011, alcançou R$ 25 bilhões. O potencial eólico no país soma 300 GW e está concentrado, basicamente, no Nordeste e no Sul, com destaque para os estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, disse Elbia. O número foi revisto este ano, com base na nova tecnologia implantada. O primeiro levantamento, realizado em 2001, identificou potencial para geração eólica da ordem de 143 GW.
   Em junho deste ano, o indústria eólica completou 2 GW de capacidade instalada para gerar energia, distribuídos por 71 parques. Até o fim de 2016, a meta é inserir no sistema elétrico nacional 8,4 GW de potência eólica, o que significará 5,4% de participação na matriz elétrica brasileira, contra os atuais 1,5%. 'Vai crescendo ao longo dos anos e deve chegar, em 2020, a um patamar de 15% de participação da fonte eólica, se nós mantivermos esse ritmo de contratação'. A previsão é vender em leilões cerca de 2 GW por ano. — O cenário da eólica é bastante favorável em termos de perspectivas futuras porque, além de inserir essa fonte na matriz, nós trouxemos a cadeia produtiva, de suprimentos, como um todo — frisou. Como se trata de uma fonte intensiva em capital e tecnologia, o número de fabricantes de equipamentos no país passou de dois, em 2008, para 11, no ano passado. Questões tecnológicas explicam a grande competitividade apresentada pela fonte eólica, disse Elbia. As torres para produção de energia a partir dos ventos, que tinham 50 metros de altura até 2009, hoje têm 100 metros. Ela destacou que essa mudança melhorou a captação do vento e a produtividade, tornando os custos de produção mais baratos.
Fonte: Zero Hora

GOVERNO DEVE PRORROGAR NESTA SEMANA A REDUÇÃO DO IPI PARA MAIS DOIS MESES

   O Ministério da Fazenda deve anunciar nesta semana a prorrogação por dois meses da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, afirmaram à Reuters fontes da equipe econômica. Essa posição já era defendida pelos técnicos do governo no fim de julho. A primeira possibilidade de prorrogação ocorreu quando surgiram informações sobre riscos de demissões na fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP).
   A decisão do governo de manter o IPI mais baixo para automóveis se deve a dois motivos, de acordo com fontes da equipe econômica. Primeiro, há risco de desemprego no setor automotivo em um momento em que a economia brasileira ainda não engrenou o suficiente para absorver essa mão de obra. E o segundo motivo é que, na avaliação do governo, um maior aquecimento da produção de automóveis no segundo semestre será um reforço adicional à retomada da economia.
   Nas contas da Fazenda, a produção de automóveis contribui com cerca de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e gera efeitos importantes na produção de autopeças, máquinas e equipamentos. Uma das fontes consultadas e que pediu anonimato informou ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir até quinta-feira com representantes do setor automotivo. Nessa conversa, o governo deverá pedir a comprovação dos efeitos do benefício dado, por meio de números sobre produção e emprego.
   A primeira redução do IPI para automóveis esteve vinculada, no fim de maio deste ano, à cilindrada e ao regime automotivo. Os mais beneficiados foram modelos 1.0, que tiveram o imposto reduzido de 7 por cento para zero. O governo já tem a informação de que os estoques nesse setor foram normalizados, mas, em outra vertente da questão, busca obter um compromisso por parte dos empresários de que não haverá dispensa de trabalhadores durante a vigência, reforçaram as fontes ouvidas nesta segunda-feira. O ministro da Fazenda também deverá se reunir nesta semana com os fabricantes de produtos da linha branca.
   Fontes do governo informaram no início deste mês que a redução do IPI para refrigeradores, lavadoras, tanquinhos e fogões poderia não ser estendida. O argumento dos técnicos na ocasião era de que as desonerações já feitas e o menor crescimento da arrecadação reduziram as margens para renovação de benefícios tributários.
Fonte: Reuters