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9 de novembro de 2012

MDIC AVALIA COM SETOR PRODUTIVO POTENCIAL DE CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES PARA CHINA

   A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, esteve reunida ontem, em São Paulo, com representantes do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e avaliou as oportunidades de ampliar as exportações brasileiras para esse mercado. Recentemente, a China demonstrou interesse em adquirir mais produtos do mercado internacional, com potencial para crescimento das vendas brasileiras de milho, açúcar, algodão e máquinas e equipamentos, entre outros bens.
   A secretária ainda destacou o fato de que, mesmo em um ano difícil para o comércio exterior, as vendas de produtos manufaturados brasileiros tiveram crescimento expressivo para a China. “É interessante notar que as exportações desses produtos de maior valo agregado para a China apresentam aumento de 25% nesse ano”, informou Tatiana.
   O encontro com os representes do CEBC serviu ainda para discutir a agenda da Subcomissão Econômico-Comercial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) entre as autoridades dos governos brasileiro e chinês, que acontecerá na segunda quinzena de novembro, em Pequim. Tatiana disse que existe potencial para aumentar as vendas brasileiras de carnes para o mercado chinês e que novamente levará a demanda do setor para que continuem sendo removidas barreiras que hoje impedem o crescimento dessas exportações. Da parte dos empresários, a secretária recebeu a avaliação de que é preciso reforçar as parceiras entre empresas brasileiras e chinesas para possibilitar um maior ganho de mercado.
   Os representantes do CEBC informaram também que estão organizando um levantamento detalhado sobre as barreiras comerciais que atualmente afetam os produtos brasileiros no mercado chinês e ainda uma análise de guias de investimentos da China para o setor produtivo nacional. Para a elaboração dos dois estudos, a secretária ofereceu apoio do MDIC. 
Fonte: MDIC

ECONOMIAS DE CHINA E ÍNDIA DEVEM SUPERAR G7 EM 2025

   A economia da China provavelmente irá superar a da zona do euro neste ano, a Índia irá ultrapassar o Japão e até 2030 as economias dos dois países asiáticos serão maiores do que a dos Estados Unidos, zona do euro e Japão juntos, afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta sexta-feira (9/11). Em um exercício para avaliar tendências de longo prazo na economia global, a OCDE afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de China e Índia deve ultrapassar a do grupo das sete (G7) de economias ricas por volta de 2025. A produção dos dois gigantes asiáticos em 2010 foi menos da metade do PIB do G7.
   As projeções da OCDE, um clube de democracias industriais, são baseadas no conceito de Paridade de Poder de Compra (PPP na sigla em inglês) de 2005. Levando em consideração as taxas de câmbio do mercado, os mercados emergentes levarão um pouco mais de tempo para abocanhar a coroa --por exemplo, o Goldman Sachs avalia que o quarteto dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) irão superar o G7 até 2037.
   Asa Johansson, uma das autoras de "Olhando para 2060: perspectivas de crescimento global de longo prazo", disse que o relatório apresenta um cenário hipotético em vez de uma projeção firme. Entretanto, ela disse que a extensão da esperada mudança no poder econômico, saindo das mãos de países desenvolvidos, está começando. Levando em conta os PPPs de 2005, a China e a Índia responderão por 28 por cento e 11 por cento respectivamente da produção das 42 principais economias até 2030, comparado com 18 por cento dos EUA, 12 por cento da zona do euro e 4 por cento do Japão. A OCDE calcula crescimento global de 3 por cento por ano nos próximos 50 anos, impulsionado principalmente --como no passado-- por melhoras de produtividade e fortalecimento do capital humano.
   Até 2020, a China terá a maior taxa de crescimento entre os países estudados, mas será ultrapassada pela Índia e pela Indonésia devido à rápida queda da população em idade de trabalho. Entretanto, a China tem um forte início em relação à Índia graças ao bom crescimento da produtividade e investimento intensivo na última década. Como resultado, mesmo com ambas as economias crescendo sete vezes nos próximos 50 anos, a renda per capita da China será 25 por cento maior do que a renda atual dos EUA até 2060, mas a Índia terá apenas a metade do nível norte-americano.
Fonte: Agência Reuters (Reportagem de Alan Wheatley)