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20 de fevereiro de 2013

BRASIL VAI ASSINAR ACORDO DE IMPORTAÇÃO DE TRIGO E FARELO DE SOJA COM RÚSSIA

   O Brasil vai assinar nesta quarta-feira, em cerimônia no Itamaraty, acordo com a Rússia para a importação de trigo e farelo de soja para ração do país europeu. O acordo está sendo aguardado pelo Brasil há vários anos.
   O Comitê Agrário Brasil-Rússia discutiu nesta terça, no último dia de reunião no Ministério da Agricultura, detalhes sobre a comercialização de grãos por ambos os países e a formalização este ano de acordo bilateral sobre pesquisas científicas, tecnológicas e educativas. O Brasil faz importações de trigo da Rússia, mas há pendências que serão fechadas no documento que será assinado amanhã.
   A comitiva russa ouviu a exposição sobre a experiência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na área da cooperação técnica internacional, a exemplo do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), que permite a pesquisa científica com cientistas de outros países, ao qual a Rússia poderá aderir. A exposição foi feita pelo coordenador de intercâmbio do Conhecimento da Embrapa, Luciano Nass, que destacou 'a rigidez" com que o Brasil trata a produção de produtos agropecuários, como vacinas, medicamentos e o controle de parasitas.
   O Brasil procurou mostrar durante o encontro de dois dias do comitê que muitas restrições feitas pela Rússia a produtos brasileiros precisam ser melhor avaliadas, pois a área de Defesa Agropecuária do país trabalha de forma incessante para manter seus produtos com todo rigor fitossanitário, dentro dos padrões internacionais e baseados no clima tropical.
Fonte: Agência Estado

MONTADORA CHINESA GEELY NEGOCIA FÁBRICA NO BRASIL

   Mais uma marca chinesa de carros, a Geely, chega ao Brasil em agosto. Inicialmente, dois automóveis, um sedã e um compacto, serão importados do Uruguai, onde a montadora vai inaugurar fábrica em junho. O grupo, contudo, tem planos de produção local e já visitou São Paulo, Santa Catarina e Bahia. A importação será feita pelo grupo Gandini, do empresário José Luiz Gandini, também representante da coreana Kia Motors.
   O acordo de representação da Geely foi assinado em julho de 2011, mas ficou congelado em razão do anúncio, dois meses depois, da alta de 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros fabricados fora do Mercosul e do México. - Com a fábrica no Uruguai, a importação se tornou economicamente viável — afirma Gandini. Além de não recolher os 30 pontos extras de IPI, produtos do Mercosul são isentos de Imposto de Importação. Embora não revele valores, uma fábrica com capacidade para cerca de 100 mil veículos ao ano exige investimentos de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões, segundo analistas do setor.  -Nosso grupo se manterá apenas na distribuição e não teremos participação numa futura fábrica, que ficará a cargo da Geely - diz Gandini.
   O grupo é o maior produtor independente de carros da China. A maioria das empresas tem o governo como sócio. A importadora Geely Motors do Brasil será presidida por Ivan Fonseca e Silva, ex-presidente da Ford do Brasil e das importadoras Aston Martin e Jaguar. Segundo Fonseca, o primeiro modelo a chegar, em agosto, é o sedã médio EC7, do segmento em que atuam Toyota Corolla e Honda Civic. O preço ficará na faixa de R$ 55 mil. O segundo, previsto para novembro, é o compacto LC, que disputará vendas com modelos como Volkswagen Gol e Fiat Palio, com preço na casa dos R$ 35 mil.
Fonte: Zero Hora

RÚSSIA AVALIARÁ FRIGORÍFICOS DE ESTADOS COM RESTRIÇÕES

Representantes da Rússia iniciarão a partir da próxima semana inspeções em unidades produtoras dos três Estados brasileiros que ainda enfrentam restrições para exportação de carnes ao mercado russo, disse nesta quarta-feira uma fonte do governo que participou de reunião no Itamaraty.
   O Ministério da Agricultura anunciou no final de novembro a suspensão do embargo aos Estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná, mas Moscou ainda manteve algumas restrições.
   Representantes do setor argumentam que, na prática, o embargo não foi suspenso, uma vez que Moscou ainda não habilitou novas plantas nesses Estados para exportar ao mercado russo desde então. A Rússia é o principal destino das exportações brasileiras de carne. Segundo a fonte, que pediu para não ser identificada, representantes dos dois países devem voltar a discutir o assunto carnes em nova reunião na quinta-feira.
   A indústria de carne suína foi a mais afetada pelas restrições russas, mas o setor viu as vendas melhorarem a partir do segundo semestre de 2012, com a habilitação de novas plantas em outros Estados não embargados. Em janeiro, a Rússia alcançou um fatia de 29 por cento das vendas totais de carne suína do Brasil, com 11.940 toneladas, um crescimento de 454 por cento ante janeiro de 2012 (2.154 t). "O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, teve seguidas reuniões no dia de ontem e hoje com as autoridades dessa área com resultados extremamente favoráveis", disse o vice-presidente da República, Michel Temer, a jornalistas após a assinatura de acordos com representantes russos.
Fonte: O Estado de São Paulo

RECEITA CRIA MALHA FINA PARA EMPRESAS

   A Receita Federal criou uma malha fina eletrônica para as empresas. O novo sistema entrou em vigor este mês e vai analisar a consistência das Declarações de Débitos da Pessoa Jurídica (DCTF), entregues todos os meses, por todas as empresas, com exceção daquelas incluídas no Simples. Para aquelas de micro e pequeno porte, por enquanto, o controle será por meio da malha da Declaração de Contribuições Previdenciárias (GFIP), que está em funcionamento desde o ano passado, mas teve o sistema aperfeiçoado.
   O subsecretário de Arrecadação e Atendimento, Carlos Roberto Occaso, disse que a expectativa do Fisco é que o controle mais intensivo das declarações resulte no aumento da arrecadação espontânea das empresas. Ele informou também que a Receita continuará desenvolvendo novos mecanismos de controle e avisou que deve ser criada uma malha também para as micro e pequenas empresas, que declaram pelo Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS). A Receita estima que são cerca de 1,5 milhão de contribuintes que passarão pelo malha da DCTF e mais de 4 milhões na malha da GFIP.
Fonte: Agência Estado

BRASIL EXPORTOU US$ 4,998 BILHÕES EM FEVEREIRO

   Nos seis dias úteis de fevereiro (1° a 10), as exportações brasileiras foram de US$ 4,998 bilhões, com média diária de US$ 833 milhões. Pela média, houve redução de 12,2%, em relação ao resultado de fevereiro de 2012 (US$ 948,8 milhões). Neste comparativo, houve queda nos embarques das três categorias de produtos. Entre os manufaturados (-15,2%), diminuíram as vendas de óleos combustíveis, aviões, suco de laranja congelado, máquinas para terraplanagem, motores e geradores, e automóveis de passageiros. Nos básicos (-7,2%), a retração se explica, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, soja em grão, fumo em folhas, café em grão e minério de ferro. Nos semimanufaturados (-12,5%), houve redução nas vendas de ferro fundido, alumínio em bruto, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, e óleo de soja em bruto.
   Na comparação com o resultado diário do mês de janeiro deste ano (US$ 725,8 milhões), houve aumento de 14,8%, com crescimento nas exportações de produtos manufaturados (18,2%) e básicos (22,3%), enquanto decresceram as de semimanufaturados (-0,3%).
   As importações, em fevereiro, estão em US$ 5,739 bilhões, com média diária de US$ 956,5 milhões. O resultado está 11,3% acima da média de fevereiro do ano passado (US$ 859,1 milhões), com crescimento, principalmente, nos gastos com combustíveis e lubrificantes (65,2%), cereais e produtos de moagem (60,1%), adubos e fertilizantes (54,5%), aeronaves e partes (24,3%), químicos orgânicos e inorgânicos (20,4%), e instrumentos de ótica e precisão (10,2%).
   Sobre o resultado verificado em janeiro passado (US$ 909,2 milhões), houve acréscimo de 5,2%, com destaques nos seguintes produtos: adubos e fertilizantes (34%), cereais e produtos de moagem (16,3%), combustíveis e lubrificantes (15,2%), instrumentos de ótica/precisão (13,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (9,6%), equipamentos mecânicos (7,5%), e veículos automóveis e partes (5,2%). A balança registra saldo negativo no mês de US$ 741 milhões (média diária negativa de US$ 123,5 milhões). A corrente de comércio, no acumulado mensal, está em US$ 10,737 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,789 bilhão.

Ano

   De janeiro à segunda semana de fevereiro deste ano (28 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 20,966 bilhões (média diária de US$ 748,8 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2012 (US$ 794,4 milhões), as exportações retrocederam em 5,7%. As importações foram de US$ 25,742 bilhões, com média diária de US$ 919,4 milhões. O valor está 15,9% acima da média registrada no período correspondente de 2012 (US$ 792,9 milhões). No acumulado do ano, o saldo da balança comercial está negativo em US$ 4,776 bilhões, com resultado médio diário negativo de US$ 170,6 milhões. A corrente de comércio somou US$ 46,708 bilhões, com média de US$ 1,668 bilhão. O valor é 5,1% maior que a média aferida no período equivalente do ano passado (US$ 1,587 bilhão).
Fonte:MDIC