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27 de março de 2013

CACHAÇA É RECONHECIDA COMO PRODUTO BRASILEIRO PELOS EUA

   Foi publicado hoje (27 de março), no Diário Oficial da União, o Decreto n° 7.968, que garante o reconhecimento ao ‘bourbon whisky’ e ao ‘tennessee whisky’ apenas para as bebidas elaboradas pelos produtores dos Estados Unidos. O reconhecimento é parte do acordo bilateral entre os governos de Brasil e Estados Unidos, firmado em abril de 2012, quando da visita da presidenta Dilma Rousseff ao país, que também garantiu que a cachaça seja considerada produto exclusivamente brasileiro no mercado norte-americano.
   No último dia 25 de fevereiro, o governo dos Estados Unidos publicou a lei de reconhecimento da cachaça como produto distinto do Brasil. A legislação americana deverá entrar em vigor no próximo dia 11 de abril. A mudança resolve problemas que os exportadores brasileiros de cachaça enfrentavam no mercado americano.
   Em 2000, os Estados Unidos passaram a classificar a cachaça como rum e a requerer que constasse no rótulo do produto a expressão ‘rum brasileiro’, trazendo custos aos produtores, além de prejudicar os esforços de promoção do produto como uma bebida tipicamente brasileira. Com o acordo, essas exigências deixam de existir e os produtores brasileiros serão os únicos a poder vender a bebida como cachaça, o que cria oportunidades de promover o produto no mercado americano. 
   As exportações brasileiras de cachaça atingiram US$ 15 milhões em 2012 e, em volume, foram de 8,1 milhões de litros. O principal destino da cachaça brasileira foi a Alemanha, somando US$ 2,3 milhões, seguido de perto pelos Estados Unidos, com US$ 1,8 milhão. Para o mercado americano, as vendas tiveram aumento de 23,3% em valor e de 35,1% em volume, em comparação com 2011. Com o reconhecimento da cachaça como produto genuinamente brasileiro por parte dos Estados Unidos, o que incorpora valor à bebida, a expectativa é de que os exportadores brasileiros consolidem as vendas ao mercado americano como um dos mais promissores para os próximos anos.
Fonte: MDIC

ALONGAMENTO DAS EXPORTAÇÕES DEVERÁ IMPACTAR PREÇOS DA SOJA, DIZ AGROCONSULT

   A falta de capacidade dos portos brasileiros para exportar a atual supersafra de grãos deverá alongar o calendário das exportações de soja, que normalmente atingem um pico em maio e arrefecem no segundo semestre, com impactos nos preços da oleaginosa, disse nesta terça-feira um importante consultor do setor. "A nossa exportação de soja e milho vai começar a ficar mais 'flat' ao longo do ano. Não dá mais para ter tudo concentrado em cinco ou seis meses", disse o diretor da consultoria Agroconsult, André Pessôa, em um evento em São Paulo, acrescentando que não será uma surpresa que se repita com a soja o que ocorreu com o milho, que terminou 2012 e iniciou 2013 com grandes volumes de exportação.
   A consultoria avalia que o Brasil conseguiu exportar a 90 por cento de seu potencial em 2012, e neste ano os portos precisariam ser ainda mais eficientes. O problema é que em fevereiro e março os embarques ficaram abaixo da média. Em Paranaguá a chuva atrapalhou as movimentações numa soma de 27 dias de janeiro ao início de março. Números do governo federal mostram que, na média diária, março está tendo um volume embarcado menor que o registrado no mesmo mês de 2012.
   O período entre maio e agosto é crítico da exportação, e só depois disso poderá ser feita uma avaliação do volume de soja remanescente nos armazéns brasileiros. "No final de julho a gente vai ter uma ideia do que sobra para o final do ano... A gente está numa transição de modelo de logística."

Volatilidade
   A possibilidade de estoques mais elevados no país no segundo semestre e no início de 2013 pode aumentar o desconto incidente sobre a soja vendida. "Eu acredito que a gente pode ter um reflexo muito ruim no final do ano. Com esse represamento de soja, haverá um descolamento muito maior dos preços internacionais com os internos. Você terá um estoque muito maior que o necessário. Se ficar soja armazenada para a próxima safra, vai comprometer a formação de preço da primeira soja que entra, em janeiro e fevereiro, que costuma ter um preço razoável, um prêmio."
   Como a colheita dos EUA começa a chegar ao mercado em setembro, se houver um grande volume de soja brasileira ainda disponível, pode haver volatilidade nos preços. "Essa agonia vai se repetir em 2014 e 2015, pelo menos... Você acaba contaminando preços internacionais. Se o Brasil não tem condições de atender com a velocidade que seu cliente precisa, o preço sobe. Quem conseguir atender, conseguirá um preço mais alto". O consultor falou com repórteres durante a apresentação dos resultados da expedição técnica Rally da Safra, que estimou uma colheita recorde de 84,4 milhões de toneladas de soja no Brasil este ano.
Fonte: O Estado de São Paulo

PETROBRAS QUER VENDER BLOCOS NA NIGÉRIA POR US$5 BI, DIZEM FONTES

   A Petrobras lançou um leilão de seus campos de petróleo na Nigéria, em uma venda que pode alcançar 5 bilhões de dólares, em meio aos planos da companhia para levantar recursos para seu plano de investimento, disseram fontes próximas do assunto.
   A companhia contratou a Standard Chartered para promover o processo, que deve começar nos próximos dois meses, segundo as fontes. Companhias petrolíferas da Ásia devem participar do leilão. Representantes da Petrobras e da Standard Chartered não comentaram o assunto.
   A Petrobras iniciou operações na Nigéria em 1998, em águas profundas do Delta do Níger. Os parceiros da Petrobras nos dois projetos nigerianos são Total e Chevron.
Fonte: Estadão

14 de março de 2013

CUSTO PRESSIONOU INDÚSTRIA EM 2012 E REDUZIU MARGEM DE LUCRO


   A margem de lucro da indústria foi reduzida em 2012, segundo informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a instituição, isso ocorreu porque o crescimento dos custos industriais, que foi de 6,3%, foi maior que o crescimento dos preços praticados pelas empresas, que aumentou 4,9% no ano passado.No último trimestre de 2012, entretanto, houve uma interrupção na tendência de queda da margem de lucro, segundo avaliação da CNI. Isso porque, pela primeira vez nos últimos seis trimestres, os preços (6,8%) cresceram mais que os custos (6,1%), na comparação com o mesmo período de 2011. A CNI divulgou nesta quinta-feira, 14, o indicador dos custos industriais de 2012. O aumento de 6,3%, segundo a instituição, se deve principalmente ao crescimento do custo de produção, que subiu 8,3% se comparado a 2011. Esse é o maior crescimento anual desde 2008, quando a taxa de crescimento foi de 8,6%. A elevação, em 2012, foi puxada principalmente pelo aumento do custo com pessoal, que foi de 10,8%.
   O custo tributário, que também é considerado na pesquisa, cresceu 5,6% no ano passado em relação a 2011. Mas quando a comparação é do último trimestre de 2012 com o terceiro trimestre do mesmo ano, a pesquisa aponta redução de 0,8%. Para a CNI, essa queda é resultado das medidas tomadas pelo governo para reduzir a carga tributária da indústria, como a desoneração da folha de pagamentos e a redução do IPI.
   O indicador leva em conta, ainda, o custo do capital de giro, que caiu 24,8% em 2012, quando comparado ao ano anterior. Foi a redução nas taxas de juros, segundo a CNI, que evitou "novamente" que os custos industriais crescessem com maior intensidade. "Os resultados referentes ao quarto trimestre de 2012 sugerem que o crescimento dos custos industriais está perdendo força", destaca o documento. Na comparação com o mesmo período de 2011, a taxa de crescimento caiu de 8,0% no terceiro trimestre para 6,1% no quarto. A CNI aponta que o resultado está ligado à perda de ritmo de crescimento do custo com pessoal e com insumos importados, além da queda nos custos tributário e de capital de giro.

Câmbio.

   A CNI avalia que a desvalorização do real permitiu que indústria brasileira registrasse "um ganho significativo de competitividade" no ano passado. Mas, no último trimestre de 2012, os números "dão sinais de desaquecimento do processo de ganho de competitividade". Segundo a instituição, isso se deve, "em boa parte, à interrupção do movimento de desvalorização do real ocorrida no fim de 2012".
   O comportamento recente da taxa de câmbio sugere, de acordo com a CNI, sua perda de importância no processo de recuperação da competitividade da indústria. "A manutenção desse processo em 2013 demanda a intensificação de ações que promovam a redução do Custo Brasil: tanto os custos de produção da indústria, como os custos sistêmicos da economia brasileira", conclui o documento.
Fonte: MDIC

EMPRESÁRIAS TURCAS E BRASILEIRAS AVALIAM POTENCIAL DO COMÉRCIO BILATERAL

   Empresárias turcas e brasileiras estiveram reunidas hoje, no Dia Internacional da Mulher, para compartilhar experiências sobre comércio exterior e empreendedorismo feminino, em encontro promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação de Empresários e Industriais da Turquia (Tuskon).
   No evento, a coordenadora-geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações do MDIC, Cândida Maria Cervieri, destacou o potencial de crescimento nas relações comerciais bilaterais. “Os dois países têm muito a alcançar nos dois mercados e há um potencial de crescimento do intercâmbio comercial tanto em percentual, quanto em volume”, avaliou. Cândida listou setores em que este potencial é maior. Para as exportações brasileiras, existem boas oportunidades para produtos de celulose, siderurgia, plásticos, máquinas e carnes. Já a Turquia poderia explorar melhor as chances de vender mais ao Brasil autopeças, produtos siderúrgicos, máquinas, e fios e fibras têxteis e sintéticos.
   A empresária Yüksel Işik Nalbant, que chefiou a primeira delegação composta exclusivamente por empresárias turcas da Tuskon, disse que vê o Brasil como “a principal porta de entrada para a Turquia na América Latina”. Ela falou sobre a escolha do destino da visita. “Havia algumas opções para essa viagem e o Brasil era o mais distante. Mas isso não nos intimidou”, disse. Yüksel declarou que tem uma grande admiração pela presidenta Dilma Rousseff e fez questão de solicitar às autoridades brasileiras que a informassem que a delegação de empresárias turcas havia vindo ao Brasil.
   O encontro empresarial partiu de uma iniciativa da secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, que chefiou uma missão empresarial à Turquia, em outubro do ano passado, e que convidou as empresárias turcas para se reunirem com as brasileiras. A missão comercial à Turquia resultou em exportações brasileiras no valor de US$ 16,950 milhões, com rodadas de negócios realizadas em Istambul.

Empreendedorismo Feminino   As empresárias turcas e brasileiras também trocaram informações e experiências sobre o papel da mulher no mundo dos negócios e nas relações comerciais internacionais. Ambos os lados entendem que os dois países evoluíram muito em relação ao tema recentemente, mas que ainda há desafios a serem superados.
   A diretora de Planejamento e Gestão da Apex-Brasil, Regina Silvério, apresentou um levantamento que mostra que, no universo das 12 mil empresas exportadoras atendidas pela entidade, apenas 22% delas contam com mulheres em cargos de liderança. “Esse número mostra que ainda há muito espaço para ser conquistado pelas mulheres”, analisou. No encontro, realizado no edifício sede da CNI, houve um almoço cultural, seguido de desfile de roupas e joias brasileiras, promovido pela Capital Fashion Week.

Intercâmbio Comercial
   Em janeiro de 2013, as vendas brasileiras à Turquia tiveram crescimento de 83,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando US$ 82,77 milhões. Os principais produtos comercializados, no período, foram: minérios de ferro (US$ 28,887, representando 34,9% do total vendido); bovinos vivos (US$ 12,167 milhões, 14,7%); café cru em grão (US$ 6,104 milhões, 7,4%); fumo em folhas (US$ 4,305 milhões, 5,2%); e algodão em bruto (US$ 4,164 milhões, 5%).
   Já em relação às importações brasileiras do mercado turco, em janeiro deste ano, cresceram 18,6% na comparação com o mesmo período de 2012. As mercadorias mais adquiridas foram: fios de fibras têxteis, sintéticas ou artificiais (US$ 17,662 milhões, correspondente a 25,9% do total); partes e peças para veículos automóveis e tratores (US$ 9,597 milhões, 14,1%); cimentos hidráulicos (US$ 2,464 milhões, 3,6%), construções e partes de ferro, ferro fundido ou aço (US$ 3,450 milhões, 6%); e fio-máquinas e barras de ferro ou aço (US$ 1,704 milhão, 2,5%).
Fonte: MDIC