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25 de julho de 2014

Portal Único de Comércio Exterior pode cortar em até R$ 50 bilhões os custos das empresas

Os custos das empresas com exportações e importações vão sofrer, no médio prazo, redução de R$ 50 bilhões, com a utilização do portal Único de Comércio Exterior, lançado em maio pelo governo federal. A avaliação foi feita pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ricardo Schaefer, durante entrevista nessa terça-feira (07) no Centro Aberto de Mídia (CAM), no Forte de Copacabana, zona sul do Rio.
“O Portal visa a facilitar os processos de exportação e importação, desburocratizando o processo e reduzindo os prazos, tanto nas exportações como nas importações. Isso, pelos nossos cálculos, vai gerar uma redução de custos de R$ 50 bilhões para as empresas brasileiras, no médio prazo, e está em linha com os esforços que a comunidade internacional vem fazendo no sentido de simplificar e facilitar o comércio exterior”, acrescentou.
O secretário disse que as exportações também serão beneficiadas com o lançamento do portal Brasil Export–Guia de Comércio Exterior e Investimento, lançado no mês passado, que unifica as informações sobre o setor. “Dá acesso, às empresas brasileiras, a informações privilegiadas, e também aos estrangeiros que desejam conhecer a produção exportável do Brasil e as oportunidades de negócios, que estão em um único portal”, esclareceu.
Schaefer destacou que o Brasil está entre os três maiores países na atração de investimentos estrangeiros diretos. “Creio que isso vai continuar de maneira positiva”, avaliou. Para o secretário, parte do sucesso que vem representando a Copa do Mundo tem a ver com a melhora da imagem do país. Ele acredita que isso favorece não só o aumento do número de turistas, mas também na reputação do Brasil como gerador de negócios.
O secretário informou que as medidas estão previstas no Plano Brasil Maior, que define uma ação transformadora no padrão de investimento e de competitividade da política industrial, tecnológica e de comércio exterior do país, criando novas competências, consolidando um ambiente mais favorável aos negócios e permitindo maior produtividade da indústria.
De acordo com ele, a situação mundial aponta dificuldades que começaram com o início da crise econômica global, em 2008, e ainda não se resolveu completamente. "Recentemente, o próprio FMI [Fundo Monetário Internacional] reconheceu que as dificuldades na Europa e nos Estados Unidos vão continuar. São mercados importantes para as exportações brasileiras. Isso tudo vem afetando o país de maneira importante", disse.

fonte: Agência Brasil

24 de julho de 2014

Brasil avança uma posição e é 79º no ranking do desenvolvimento humano

ONU calcula índice de 187 países com base em renda, educação e saúde. No IDH 2013, Brasil está na faixa de países de desenvolvimento 'elevado'.



O Brasil avançou uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e passou do 80º lugar em 2012 para o 79º em 2013 no ranking das nações mais e menos desenvolvidas, que reúne 187 países.
Os dados constam da edição deste ano do Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Arte índice de desenvolvimento humano 2013 (Foto: Editoria de Arte / G1)
O IDH é um índice medido anualmente pela ONU com base em indicadores de renda, saúde e educação. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH. O ranking divide os países em quatro categorias: os de índice de desenvolvimento "muito elevado", "elevado", "médio" e "baixo".

As Nações Unidas fizeram alterações no método de cálculo, o que modificou o índice do Brasil no IDH de 2012. Com a atualização dos cálculos, o país passou, naquele ano, da 85º posição para a 80º (leia mais abaixo a explicação sobre a metodologia).

De acordo com a metodologia atual, o Brasil registrou, em 2013, IDH de 0,744, ante 0,742 em 2012, o que inclui o país entre os de desenvolvimento "elevado".

Nas últimas três décadas, o país registrou crescimento de 36,4% no IDH, segundo a ONU – passou de 0,545 (desenvolvimento "baixo") em 1980 para 0,744 em 2013 (desenvolvimento "elevado)".

Em comparação com 2012, a maioria dos países se manteve estável no ranking de desenvolvimento de 2013. Das 187 nações das quais a ONU coleta dados, 38 países subiram, 114 mantiveram suas posições e 35 caíram.

A primeira colocação no ranking mundial permanece com a Noruega (0,944), seguida por Austrália (0,933), Suíça (0,917) e Suécia (0,915). Os Estados Unidos, que antes eram o terceiro país mais desenvolvido, caiu para a quinta posição, com 0,914. Os três piores colocados são os africanos Níger (0,337), Congo (0,338) e República Central da África (0,341).

De acordo com o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o argentino Jorge Chediek, o Brasil avançou muito nos últimos 30 anos, mas tem um “passivo histórico” de pobreza e desigualdade grande, o que dificulta um crescimento maior no ranking de desenvolvimento.

“O Brasil, em termos de desenvolvimento humano, mostra uma melhora consistente da condição de vida das pessoas nos últimos 30 anos. A nível global foi um dos países que mais melhorou nos últimos 30 anos”, avaliou.

Segundo Chediek, o relatório das Nações Unidas traz mais de 20 referências ao Brasil e elogios a programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

“Da nossa perspectiva o programa Bolsa Família é muito bem desenhado. Tem sido um grande sucesso e temos promovido a adoção dele em outros países. Esses programas de transferência de renda promovem a resiliência [capacidade de recuperação]. É um piso e nós defendemos piso de proteção social”, disse.

No texto do relatório, as Nações Unidas enfatizam esforços do Brasil em promover inclusão social e aumentar a capacidade de consumo da população mais pobre.
“Uma forma de avaliar o progresso de uma nação é calcular o crescimento do consumo entre os 40% mais pobres. Por esse cálculo, a Bolívia, o Brasil e o Camboja têm se saído bem. Nos três países, o nível de consumo dos 40% mais pobres tem sido mais acelerado do que o da população como um todo”, diz o documento.
Em um dos indicadores que compõem o IDH, a renda nacional bruta per capita, o Brasil registrou US$ 14.275, ajustados pelo poder de compra. Em 2012, era de US$ 14.081.
A Argentina tem renda nacional bruta per capita de US$ 17.296 e o Uruguai, de US$ 18.108.
Em relação aos países emergentes com as maiores economias, que formam o chamado grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a renda nacional per capita do Brasil fica à frente da Índia (US$ 5.150), da China (US$ 11.477) e da África do Sul (US$ 11.788), mas fica atrás da Russia (US$ 22.167).

Desigualdade
De acordo com a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andreia Bolzon, apesar do progresso continuado, o Brasil é um país com grande desigualdade. Segundo ela, é na distribuição de renda que as diferenças se mostram mais acentuadas.
A pesquisa da ONU traz um cálculo do IDH que “desconta” dos dados de saúde, educação e renda o nível de desigualdade do país. Pelo levantamento, o Brasil perderia 39,7% de seu IDH devido às desigualdades atuais na renda da população. Haveria ainda um desconto de 24,7% em função de diferenças de acesso à escolaridade. No total, o Brasil perderia 16 posições no ranking de desenvolvimento se fosse considerado o nível de desigualdade do país.
“O Brasil é um destaque entre outros países. É um dos países reconhecidos pela trajetória extremamente positiva. Mas o Brasil ainda é um país desigual, ainda que tenha diminuído com politicas de transferência de renda e formalização do emprego”, disse Jorge Chediek.


América do Sul e Brics

O Brasil está atrás de quatro países da América do Sul em nível de desenvolvimento humano – Chile (41º lugar), Argentina (49º), Uruguai (50º) e Venezuela (67º).  Entre outros vizinhos, fica na frente de Peru (82º) e Colômbia (98º).

De acordo com o levantamento das Nações Unidas, da América Latina, somente cinco países, entre os quais o Brasil, registraram melhora no índice de desenvolvimento humano na comparação com 2012. Outros nove pioraram e 19 mantiveram a posição.
Em relação aos Brics, o Brasil só perde no IDH para a Rússia, que registra 0,778 e é a 57ª colocada.


Escolaridade e expectativa de vida

Os dados de escolaridade no Brasil não mudaram em relação a 2012. A média de anos de estudo continua 7,2, a mesma desde 2010. O Brasil está abaixo da média da América Latina, que é de 7,9 anos.
A expectativa de anos de estudo também continua igual a 2010. De acordo com a ONU, uma criança de 6 anos que entrar agora na escola no Brasil deve continuar estudando por 15,2 anos.
De acordo com a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andreia Bolzon, apesar de os números permanecerem inalterados nos relatórios de 2012 e 2013, não é possível dizer que a educação no Brasil está “estagnada”.
Segundo ela, a ONU teve que usar dados de 2010 para a média de anos de estudo porque eram os números passíveis de serem comparados com a evolução dos demais países. Segundo ela, dados mais atuais revelam que o Brasil avançou para uma média de 7,6 anos de estudo.
A expectativa de vida do brasileiro teve ligeiro aumento no IDH 2013 – passou de 73,7 anos em 2012 para 73,9 anos em 2013. Entre 1980 e 2013, a expectativa de vida ao nascer aumentou 11,2 anos.

Metodologia

De acordo com a ONU, o Índice de Desenvolvimento Humano leva em conta três fatores: dados de saúde com base na expectativa de vida ao nascer; de educação, com informações sobre média de anos de estudo da população adulta e anos esperados de escolaridade para crianças; e renda nacional bruta, que identifica os recursos que ficaram no país.
O IDH de 2013 abrange 187 países, a mesma quantidade de 2012 e 2011. O índice foi criado pelas Nações Unidas para se contrapor ao critério de crescimento econômico como única forma de analisar o desenvolvimento de uma nação. Para o organismo, a educação e a qualidade de vida dos povos também devem ser usados para medir o desenvolvimento.
O relatório de 2013 do IDH trouxe algumas modificações de metodologia em relação ao estudo de 2012. Uma das alterações diz respeito aos valores máximos dos índices. Antes, eram iguais aos valores máximos observados nos países analisados. Agora, são fixados em 85 anos para a expectativa de vida, 15 anos para a média de anos de estudo, 18 anos para a expectativa de escolaridade e US$ 75 mil para a RNB per capita (média de renda da população de um país).
A abordagem anterior, de números máximos observados, foi criticada porque o IDH de um país acabava por depender dos resultados de outros países que tiveram valores utilizados como máximo. Outra mudança realizada diz respeito à forma como os indicadores de educação são agregados.
O cálculo geométrico dos dados usado anteriormente foi criticado sob o argumento de que um país desenvolvido "típico" tem um valor maior na expectativa de escolaridade do que a média de anos de estudo.
Ao agregar esses dois indicadores com a média geométrica, os países desenvolvidos acabavam “penalizados” por causa da diferença, ainda que estivessem melhorando o nível de ensino com mais crianças frequentando a escola em todos os níveis.
De acordo com a ONU, o uso da média aritmética fornece um tratamento igual para ambos os indicadores e garante resultado mais realista do IDH.

Fonte: G1

23 de julho de 2014

Câmbio faz rentabilidade de o exportador cair em abril

A valorização mais recente do real frente ao dólar resultou em queda de rentabilidade do exportador brasileiro em abril. Com ganho de margem desde novembro do ano passado, o exportador viu o sinal se inverter em abril, quando a rentabilidade caiu 0,9%, na comparação com o mesmo mês de 2013. No acumulado do quadrimestre ainda há ganho de rentabilidade, de 4,4% contra iguais meses do ano passado. Os dados são da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
Analistas veem, porém, tendência de rentabilidade em queda para os próximos meses. Além da redução nos preços de exportação, a variação do câmbio deve deixar de ter o efeito mais positivo que vinha apresentando até o início do ano para a rentabilidade do exportador. Isso porque o processo de desvalorização do real se intensificou no segundo semestre de 2013, quando o preço do dólar atingiu patamar mais alto do que os atuais. No primeiro semestre do ano passado, o dólar - levando em conta a Ptax - custou, em média, R$ 2,03. No segundo semestre de 2013 a cotação subiu para R$ 2,28.
 Apesar da apreciação mais recente do real, abril ainda registrou desvalorização cambial de 11,5% em relação ao mesmo mês de 2013. Esse nível de desvalorização, porém, não foi suficiente para compensar os efeitos da queda de 6% nos preços de exportação e da elevação de 5,8% no custo de produção. Por isso houve queda na margem de lucro do exportador. No acumulado até abril o nível de desvalorização de 16,7% ainda foi suficiente para compensar a queda de 5,3% nos preços e a elevação de 6% nos custos de produção.
Mas a tendência, diz Rodrigo Branco, pesquisador do Centro de Estudos de Estratégias de Desenvolvimento da Uerj (Cedes /Uerj), é que o comportamento da rentabilidade de abril permaneça para os próximos meses. Ou seja, o nível de desvalorização cambial provavelmente não irá compensar a pressão da queda de preços e da alta de custos sobre a margem de lucro. "A partir de agora, em relação ao ano passado, teremos base de comparação com patamares mais depreciados do real frente ao dólar. Além disso, os preços de exportação devem continuar caindo e não há sinalização de que o custo de produção possa recuar."
Daiane Santos, economista da Funcex, diz que o recuo da rentabilidade total é esperado para os próximos meses, levando em conta cenário no qual o processo mais recente de valorização da moeda deve se manter por conta de uma política cambial voltada para o controle da inflação. Ao mesmo tempo os preços de exportação devem continuar em tendência de recuo. A alta do preço do petróleo bruto, importante item da pauta, será superada pela diminuição do preço da soja triturada, do café em grãos e do minério de ferro e derivados, prevê Daiane.
Além disso, há a expectativa de elevação de custos de produção por conta do aumento do preço da tarifa de energia elétrica. Em abril, diz Daiane, os salários exerceram forte pressão sobre o custo. A mão de obra é, em média, cerca de 17% do custo da indústria exportadora.
"No acumulado do ano, o preço das exportações e o custo de produção variaram em sentidos opostos, configurando o pior cenário possível para a rentabilidade não fosse pela forte desvalorização cambial no período. Com a valorização do real também em maio e novas quedas de rentabilidade, porém, os ganhos do acumulado do ano também tendem a cair".
Os dados da Funcex indicam que a queda dos preços de exportação se acentuou recente mente. Enquanto a queda de preços foi de 6% em abril contra igual mês do ano passado, o recuo em doze meses foi de 4,3%.
José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que os preços podem ter maior queda no segundo semestre, por influência de itens importantes na pauta de exportação brasileira, como minério de ferro, soja e café.
O minério de ferro, diz, está cotado a menos de US$ 90 a tonelada, levando em conta valores FOB. Castro estima que a média de preço do item neste ano fique entre US$ 87 e US$ 89 a tonelada, bem menor que a média de US$ 98 a tonelada verificado em 2013. A soja também deve perder preço no segundo semestre, com a queda do volume de embarques brasileiros que se concentram, por questões sazonais, de janeiro a junho. "O café, outro item importante, deve ter recuo de preços depois da super alta em fevereiro e março."
Castro diz ainda que a desvalorização do real frente ao dólar não está andando como se esperava para o ano. A estimativa anterior da AEB para o câmbio ao fim do ano era uma cotação de dólar entre R$ 2,40 e R$ 2,50. Agora, com o movimento recente mas persistente de apreciação da moeda nacional, Castro estima dólar entre R$ 2,20 e R$ 2,30. "O cenário, que é o que temos condições de traçar hoje, é totalmente desfavorável à rentabilidade do exportador, principalmente de manufaturados."
Se o dólar se mantiver no atual patamar, diz Castro, a tendência é que os exportadores de industrializados voltem a reajustar para cima seus preços de exportação. Como as possibilidades de elevação não são muito amplas, sob pena de perder a competitividade, há tendência de aperto de margem. "A regra nessas situações é tentar manter mercados."
fonte: Portal NewsComex.

21 de julho de 2014

Norte e Centro-Oeste tiveram aumento de exportações no semestre

Duas regiões brasileiras apresentaram crescimento nas exportações no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. Na Região Norte, houve aumento de 4,79% no comparativo das vendas ao mercado externo no ano passado (US$ 8,746 bilhão) com as deste ano (US$ 9,165 bilhões). As exportações nortistas representaram 8,29% do total semestral. Em relação às importações, as compras regionais somaram US$ 7,744 bilhões, o que levou a um superávit no mês de US$ 1,420 bilhão. O Pará foi o maior exportador regional (US$ 7,424 bilhões) e o Amazonas registrou o maior valor nas importações da região (US$ 6,671 bilhões).
As vendas regionais do Centro-Oeste cresceram (3,02%), passando de US$ 14,902 bilhões para US$ 15,353 bilhões, representando uma participação de 13,89% sobre o total exportado pelo país no semestre (US$ 110,530 bilhões). O Centro-Oeste foi responsável pelo maior superávit semestral entre as regiões brasileiras, com saldo de US$ 8,930 bilhões, e com compras externas de US$ 6,423 bilhões. O estado que mais exportou na região foi Mato Grosso, com vendas mensais de US$ 8,667 bilhões, e Mato Grosso do Sul foi o que mais importou no período (US$ 2,706 bilhões).
Os embarques da Região Nordeste, nos primeiros seis meses de 2014 (US$ 1,774 bilhão), corresponderam a 6,79% do total exportado pelo país e tiveram redução de 2,53% na comparação com o mesmo período de 2013 (US$ 7,701 bilhões). O Nordeste importou US$ 13,759 bilhões do mercado externo e o saldo ficou negativo em US$ 6,253 milhões. A Bahia foi o estado nordestino que mais exportou no período (US$ 4,428 bilhões) e também foi o maior importador regional (US$ 4,242 bilhões).
Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais vendeu ao setor externo (US$ 54,853 bilhões), com retração (-4,37%) sobre as exportações do primeiro semestre de 2013 (US$ 57,357 bilhões). A participação da região sobre o total embarcado pelo país foi de 49,63%. A importação foi também a maior entre as regiões brasileiras em outubro e somou US$ 61,692 bilhões. Com isso, o saldo regional ficou negativo em US$ 6,838 milhões. São Paulo foi o maior exportador da região e do país (US$ 24,899 bilhões) e o estado também foi responsável pelo maior volume de importações na região e no país (US$ 4,850 bilhões).
A Região Sul vendeu US$ 21,802 bilhões, com diminuição de 9,63% sobre o comercializado no mesmo período do ano passado (US$ 24,125 bilhões), e com participação de 19,73% nas exportações brasileiras. A região adquiriu US$ 23,334 bilhões no exterior, o que resultou no déficit mensal de US$ 1,531 bilhão. O Rio Grande do Sul exportou o maior valor entre os estados da região (US$ 8,867 bilhões) e o Paraná foi também o maior importador regional no acumulado semestral (US$ 8,318 bilhões).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (18/07/2014)

18 de julho de 2014

Brasil e China fecham acordos financeiros, de infraestrutura e aviação

Entre os acordos assinados estão linhas de crédito de 7,5 bilhões de dólares para a Vale e a compra de 60 aviões de passageiros da Embraer


O presidente da China, Xi Jinping, ao lado da presidente brasileira, Dilma Rousseff, durante cerimônia de boas-vindas, no Palácio do Planalto, em Brasília. O líder chinês está no país para participar da sexta cúpula dos BRICS
O presidente da China, Xi Jinping, ao lado da presidente Dilma Rousseff

O Brasil e a China ampliaram sua parceria comercial nesta quinta-feira com linhas de crédito de 7,5 bilhões de dólares para a Vale e a compra de 60 aviões de passageiros da Embraer. Com a série de acordos energéticos, financeiros e industriais assinados diante dos presidentes Xi Jinping e Dilma Rousseff, as duas nações concordaram em unir forças e construir ferrovias para ajudar o Brasil a reduzir seu déficit de infraestrutura e atender ao apetite chinês por commodities.

O comércio entre Brasil e China disparou de 3,2 bilhões de dólares em 2002 para 83,3 bilhões de dólares no ano passado – minério de ferro, soja e petróleo são a maior parte das exportações brasileiras – e China é o maior parceiro comercial do Brasil.
Xi Jinping visitou Brasília depois da cúpula dos Brics, na qual foi criado um banco de desenvolvimento com capital de 100 bilhões de dólares que será sediado em Xangai, na China, e que irá financiar projetos de infraestrutura, oferecendo às nações em desenvolvimento uma fonte alternativa de recursos em relação ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
O banco chinês Eximbank disponibilizou uma linha de crédito de 5 bilhões de dólares para a Vale comprar navios e equipamentos de empresas da China, mas não houve menção a uma solução ao impasse da recusa chinesa de permitir que grandes navios de transporte de minério de ferro usados pela Vale usem portos chineses. O Banco da China abriu uma segunda linha de crédito de 2,5 bilhões de dólares para a Vale para comprar de equipamentos e serviços chineses.
Em um sinal de aprofundamento dos laços financeiros entre os dois membros dos Brics, o Banco de Construção da China formalizou a aquisição de 72% do Banco Industrial e Comercial S.A., um acordo de 1,62 bilhão de reais firmado em outubro.
A Embraer venderá 40 aviões ao seu maior cliente asiático, a chinesa Tianjin Airlines, metade dos quais serão de uma versão modernizada do modelo E-190 E2. O Banco Industrial e Comercial da China comprar 20 aeronaves, nos termos de um acordo de arrendamento de aviões da Embraer fechado em 2012.
A Vale, maior exportadora de minério de ferro do mundo, envia a maior parte de sua produção para a China, mas não forneceu maiores detalhes sobre como a linha de crédito será empregada.
A chinesa State Grid Corporation of China assinou um acordo com a Eletrobras para construir linhas de transmissão de alta voltagem para a hidrelétrica de Belo Monte, e a China Three Gorges Corporation firmou um pacto com estatais brasileiras para participar do projeto de uma represa no rio Tapajós.
Fim do embargo - A China também suspendeu o embargo à carne bovina do Brasil, uma medida que foi estabelecida em 2012 após um caso atípico de doença de vaca louca no Paraná, disse nesta quinta-feira o ministro da Agricultura brasileiro, Neri Geller. "Está suspenso o embargo, o Brasil pode exportar para a China sem nenhum problema", disse ele, após reunião com autoridades chinesas durante visita do presidente Xi Jinping ao Brasil.

Fonte: Site VEJA.

11 de julho de 2014

SP e Hong Kong dizem que mudança climática ameaça economia

SP e Hong Kong dizem que mudança climática ameaça economia.

  Enchentes estão ligadas à mudanças climáticas, diz estudo


Enchentes: autoridades cívicas já estão trabalhando para proteger suas economias
Londres - Cidades como São Paulo e Hong Kong dizem que a mudança climática ameaça suas economias e a maioria está tomando medidas para proteger os negócios, de acordo com um relatório do Carbon Disclosure Project publicado hoje.
Cerca de 76 por cento das 207 cidades pesquisadas pelo grupo sem fins de lucro disseram que condições meteorológicas extremas e outros efeitos da mudança climática colocam em risco a estabilidade de suas economias locais, disse o CDP. As ameaças incluem danos a transporte, infraestrutura e bens, além de riscos para a saúde humana, de acordo com a pesquisa.
As cidades estão na linha de frente do aquecimento global, pois a elevação do nível do mar representa um perigo para os habitantes das regiões costeiras, como Nova York, Miami e Bangkok.
Três quartos das ameaças informadas por empresas também são reportadas pelas cidades onde elas operam, de acordo com o CDP, que disse que as autoridades cívicas já estão trabalhando para proteger suas economias.
“Os governos locais estão se adiantando para proteger cidadãos e negócios dos impactos da mudança climática, mas é preciso uma maior colaboração com as empresas para aumentar a resiliência das cidades”, disse Larissa Bulla, diretora do programa de cidades do CDP.
“Através do fornecimento de informações, políticas e incentivos, as cidades podem ajudar a preparar as empresas para gerenciar esses riscos”.
As Nações Unidas estimam que os níveis do mar podem subir entre 26 centímetros a 98 centímetros até o fim do século. A previsão é também de que até 2100 as temperaturas médias globais aumentarão até 4,8 graus centígrados, uma taxa muito maior do que a do fim da última era do gelo.
Os pesquisadores das Nações Unidas estimam que até o mais recente período de aquecimento o máximo ritmo de aumento de temperatura foi de aproximadamente 1,5 grau centígrado por mil anos.
População das cidades
Lar de metade da população mundial e de mais de 80 por cento da produção econômica, as cidades também enfrentam secas, inundações e ondas de calor, além de outros riscos derivados do aquecimento global, disse o CDP.
Em muitos lugares as autoridades estão tomando medidas para proteger as empresas de ameaças detectadas, disse o CDP. Hong Kong está investindo US$ 2,7 bilhões em defesas contra inundações, como tanques subterrâneos de armazenamento, alargamento de rios e construção de túneis de drenagem.
São Paulo está trabalhando com empresas para melhorar a infraestrutura da água e reduzir o impacto do saneamento insuficiente na saúde, que pode piorar com temperaturas mais altas, disse o CDP.
No total, o projeto identificou 757 atividades distintas que as cidades pesquisadas realizam para adaptar a infraestrutura aos possíveis efeitos da mudança climática. O CDP disse que 102 cidades têm planos de adaptação climática em andamento.
O CDP afirmou que a expansão de sua pesquisa para 207 cidades em 2014, frente a 110 no ano passado, foi possível graças a uma subvenção da Bloomberg Philanthropies, que foi formada por Michael Bloomberg. Bloomberg é o fundador e proprietário majoritário da Bloomberg LP, a matriz da Bloomberg News.
O CDP, com sede em Londres, é uma entidade de pesquisas climáticas sem fins de lucro que incentiva empresas e governos a divulgarem o impacto que provocam no meio ambiente.
Fonte: Revista EXAME

6 maneiras de uma nova crise global atingir o mundo até 2015

Especialista prevê crise financeira logo a partir de abril do ano que vem, durando até março de 2016
Muitas economias parecem ter finalmente se recuperado da crise de 2008, mas, às vezes, a história não é tomada como lição e acabamos fadados a repeti-la. Isso é o que afirma Arturo Bris. Professor de Finanças da IMD Business School e diretor do Centro de Competitividade Mundial, Arturo prevê que uma crise econômica global deverá acontecer e que não estão sendo tomadas medidas suficientes para evitá-la.
Através de estatísticas, o professor disse que o mundo pode esperar uma crise financeira logo a partir de abril de 2015, durando até março de 2016. Essas são 6 causas prováveis citadas pelo professor:

1 - Bolha no mercado de ações

Apesar dos mercados de ações apresentaram um comportamento favorável, a qualquer momento a situação pode mudar. Em 2014, o primeiro semestre foi decepcionante, o que pode significar que provavelmente, uma queda no mercado de ações ocorrerá, diminuindo entre 30-35% o lucro das empresas.

2 - Serviços bancários na China

O serviço bancário chinês consiste apenas de empréstimos, principalmente para instituições governamentais, cujo desempenho não é bem monitorado e não está aberto para a concorrência. Seu fracasso afetará a economia global.

3 - Crise energética

Se os EUA, maior produtor de gás do mundo, começarem a exportar para o resto do planeta, a Rússia, ao se sentir ameaçada, pode causar um caos geopolítico. O Estados Unidos, com controle sobre os preços da energia, exerceria influência sobre grandes países.

4 - Guerra e conflito

Crescente tensões geopolíticas podem acontecer em quase todas partes do mundo. Algo, como o recente caso da Crimeia, por exemplo, poderia provocar uma crise no mercado, mesmo sem a existência de uma guerra física.

5 - Aumento da pobreza

Sempre que os pobres ficam mais pobres, conflitos sociais são um risco real. A cruzada contra a desigualdade na distribuição de renda poderia impedir ainda mais a inovação e o crescimento através da redução dos benefícios da inovação, ameaçando a economia.

6 - Classificações e falência

As companhias acumulam tantas dívidas, que é comum ter agora como norma uma classificação BBB. Nos EUA apenas três companhias mantiveram a classificação AAA: ExxonMobil, Microsoft e Johnson & Johnson. Se as classificações são um indicador de falência, ela virá para todos os setores. Caso as taxas de juros aumentassem em 2%, metade do setor corporativo seria eliminado.


Fonte: Portal do Administrador

Balança comercial inicia o mês com superávit de US$ 1,289 bilhões

A balança comercial brasileira iniciou julho com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 1,289 bilhão. O resultado deveu-se a US$ 4,234 bilhões em exportações e US$ 2,945 bilhões em importações. Com o saldo positivo, o déficit acumulado no ano caiu de US$ 2,4 bilhões para US$ 1,2 bilhão. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A média diária exportada em julho, que corresponde ao valor negociado por dia útil, ficou em US$ 1,058 bilhão, crescendo 17% na comparação com o mesmo mês de 2013. Os responsáveis foram itens semimanufaturados e básicos, com alta respectiva de 32,9% e 31% nas vendas. Do lado dos semi-industrializados, vendeu-se mais ferro e aço, açúcar bruto e couro e peles de animais. No caso dos básicos, aumentou o comércio de soja e café em grão, petróleo bruto, minério de cobre, carne bovina e bovinos vivos.
As exportações de industrializados caíram 3,9% no período, segundo o critério da média diária. O motivo foram reduções nas vendas de plataforma de produção de petróleo e gás, automóveis de passageiros, óleos combustíveis, veículos de carga, autopeças e etanol.
Nas importações, a média diária ficou em US$ 736,3 milhões, 25,4% inferior à de julho do ano passado. O Brasil importou menos combustíveis e lubrificantes (queda de 58,1%) veículos automóveis e partes (32,6%), equipamentos mecânicos (25,1%), borracha (23,2%), siderúrgicos (21,1%) e aparelhos eletroeletrônicos (18,5%).

 Fonte: Revista EXAME - 07/07/14