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14 de outubro de 2011

BRASIL QUER AMPLIAR COMÉRCIO COM A TURQUIA

   Paralelamente ao esforço do governo brasileiro de se aproximar politicamente da Turquia, e considerando as semelhanças entre as medidas de combate à crise financeira global adotadas pelos dois países, empresários de ambos os lados planejam incrementar as relações comerciais bilaterais.
   Em novembro, o ministro turco da Economia, Zafer Caglayan, vai liderar uma missão empresarial ao Brasil. Do lado brasileiro, o diretor internacional de vendas de minério de ferro da Vale, Fidel Blanco, disse sexta-feira, em Ancara, que a companhia pretende começar a atuar na área de carvão na Turquia. A Vale vende 3 milhões de toneladas de minério de ferro e 4 mil toneladas de níquel ao mercado turco por ano.
   A presidente Dilma Rousseff e o presidente turco, Abdullah Gül, decidiram trabalhar para elevar a corrente de comércio bilateral para US$ 10 bilhões por ano no curto prazo. Será um longo caminho: a previsão é que o intercâmbio chegue a US$ 2 bilhões em 2011. "Acredito muito na aproximação de nossos países, porque eles estão em etapas similares de desenvolvimento e crescimento econômico", disse Dilma, na sexta.
   A presidente convidou construtoras turcas a participarem da execução das obras de infraestrutura para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, e defendeu a cooperação entre os dois países nas áreas de energias fóssil e renovável, aviação civil, defesa, ciência e tecnologia e formação de estudantes.
   Brasil e Turquia já estabeleceram, por exemplo, uma parceria entre a Petrobras e a Corporação Turca de Petróleo (TPAO) para a exploração de petróleo no Mar Negro. O ministro da Defesa, Celso Amorim, integrou a comitiva da presidente. O Brasil quer vender Supertucanos e fechar uma parceria com a Turquia para desenvolver um avião de transporte militar.
   Enquanto Brasil e Turquia buscam uma aproximação política, analistas do mercado e empresários que têm negócios nos dois países apontam semelhanças nas medidas econômicas adotadas pelos dois governos para combater os efeitos da crise financeira internacional. Em 2008, o banco central turco acelerou o processo de corte de sua taxa básica de juros a fim de garantir o crescimento da economia - apesar do risco de observar uma alta da inflação. Tais especialistas e executivos veem algo parecido no recente movimento do Banco Central, que surpreendeu o mercado ao reduzir a Selic e sinalizar que outros cortes nos juros poderão ocorrer nas próximas reuniões do Copom.
Fonte: Federasul

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