O
primeiro levantamento oficial de intenção de plantio de trigo no Rio Grande do Sul em 2014 apontou um
crescimento de 8,9 por cento na área semeada do Estado, na comparação com 2013,
para 1,15 milhão de hectares, informou nesta quinta-feira a Emater, o órgão de
assistência técnica do governo gaúcho.
A
ampliação da área cultivada com trigo pode ser explicada pela boa capitalização
dos produtores --que colheram duas excelentes safras de verão, sendo a última
histórica para o Estado-- e pelo incremento tecnológico empregado na cultura
ano após ano, segundo o diretor técnico da Emater, Gervásio Paulus.
"Este
primeiro levantamento, ainda que de forma prematura, indica uma provável
tendência para a safra de trigo, caso as condições climáticas sejam favoráveis
à cultura", afirmou Paulus em nota.
O
levantamento aponta, no entanto, que a produtividade e a produção serão menores
quando comparadas aos resultados do ano passado, quando o Estado contou com
ótimas condições climáticas e teve uma safra recorde de 3,35 milhões de
toneladas.
Como o
plantio começa neste mês no Estado, a Emater ainda está cautelosa sobre
eventuais problemas climáticos que poderiam ocorrer durante a safra. Dessa
forma, a instituição prevê uma produtividade menor do que a verificada em 2013.
O
rendimento médio em 2014 foi estimado em 2.735 kg/ha (queda de 13,55 por cento
ante 2013), projetando uma produção total de 3,154 milhões de toneladas para o
Rio Grande do Sul (queda de 5,87 por cento).
A
previsão de plantio da Emater supera ligeiramente a divulgada pela Companhia
Nacional de Abastecimento, que apontou no início de maio uma área plantada de
1,08 milhão de hectares.
A Conab,
a propósito, prevê uma produção recorde para o Brasil de quase 7 milhões de
toneladas, prevendo uma recuperação na safra do Paraná.
Paraná e
Rio Grande do Sul produzem grande parte do trigo que o Brasil colhe.
Para o
diretor técnico da Emater, tendo em vista a possível ocorrência do fenômeno El
Niño, o que significa para a região Sul do Brasil um aumento no volume de chuvas
entre os meses de outubro e fevereiro, é necessário ter cautela neste primeiro
momento.
"É
sabido que a cultura do trigo não tolera muita chuva, principalmente quando se
encontra na fase de floração", comentou.
Fonte: Exame
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