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26 de maio de 2014

Negociação garante aumento de 40% na venda de veículos para a Argentina em maio

“Como nós tínhamos acordado com o governo argentino, não está tendo retenção de autopeças e de veículos”, explicou. Com isso, o comércio de automóveis brasileiros para o mercado argentino cresceu mais de 40% de abril para maio. “Esse é um indicador bastante positivo”. Mauro Borges disse que o número foi repassado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e que o ministério está acompanhando os dados, aguardando o final do mês para confirmar o resultado.

O ministro entende que no setor automotivo, a situação de comércio com a Argentina está normalizada. “Essa é a avaliação não só do governo, mas da Anfavea”.

Alguns tópicos do acordo ainda deverão ser fechados na reunião de Buenos Aires. Sobre a questão do prazo, a proposta brasileira é que haja uma prorrogação automática de 12 meses, nas mesmas condições do acordo vigente. Borges informou que o único aspecto que os argentinos pediram para ser modificado em relação ao acordo atualmente em vigor é o chamado sistema flex, relativo ao limite de relação de troca bilateral que se estabelece na cadeia automotiva.

O chamado sistema flex estabelece uma contrapartida em importações da Argentina pelo Brasil para que este possa exportar sem tarifa. No acordo que venceu no final de junho de 2013 e foi prorrogado por mais um ano sem limitação de comércio, o índice era 1,95. Ou seja, para cada US$ 1 milhão que o Brasil importa em veículos da Argentina, as montadoras brasileiras teriam direito a exportar US$ 1,95 milhão para aquele mercado, sem imposto de importação.

Os argentinos fizeram uma proposta para que esse índice caia para 1,30. A proposta do Brasil é que haja um flex “suficiente para dar conforto e fluidez para o comércio bilateral", conforme explicou Mauro Borges. "Essa é a condição brasileira”, sustentou. Esse índice é o objeto principal da reunião dos secretários dos ministérios na próxima semana. “O [índice] 1,30 hoje reflete, precisamente, o volume atual do comércio. Nós queremos uma folga, 1,60 ou 1,70”.

Segundo informou a assessoria de imprensa do ministério, a pretensão é que o novo índice a ser definido valha pelo prazo de, no mínimo, um ano, ao fim do qual voltaria a vigorar o sistema de livre comércio. 

Fonte: Federasul

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