MMX fecha 1º trimestre com prejuízo de R$ 69 milhões.
A mineradora MMX encerrou o primeiro trimestre deste ano com
um prejuízo líquido maior que o registrado um ano antes e uma geração de caixa
negativa, segundo informou a empresa na noite de terça-feira.
A companhia, que no ano passado passou por reestruturação
com venda de ativos devido a dificuldades financeiras que envolveram o grupo
EBX, de Eike Batista, teve prejuízo líquido de R$ 69,2 milhões entre janeiro e
março, um aumento de 25,4% sobre igual período do ano passado.
O resultado foi influenciado pela ampliação do resultado
financeiro negativo da companhia em quase três vezes, a R$ 129,2 milhões.
Ainda assim, a MMX destacou que houve uma redução no
resultado financeiro negativo na comparação com o quarto trimestre, de 4%,
"reflexo da substancial redução do endividamento bancário após a conclusão
da transação com Mubadala/Trafigura".
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou negativa em R$
501,3 milhões no primeiro trimestre, revertendo o resultado positivo de R$ 3,1
milhões obtido um ano antes.
A mineradora atribuiu o resultado ao impacto negativo de
provisão decorrente de estudos detalhados das estimativas de custos com base na
evolução das análises contratuais junto a fornecedores do Projeto de Expansão
da Unidade Serra Azul.
Inicialmente, a MMX iria divulgar as demonstrações
financeiras do primeiro trimestre no fim de maio, mas adiou a data devido aos
desdobramentos contábeis nos seus resultados com a conclusão de investimento
por Trafigura e Mubadala no Porto Sudeste, também citando efeitos da
ratificação do seu plano de negócios para a postergação.
A MMX concluiu em fevereiro deste ano a venda de 65% do
Porto Sudeste à trading holandesa Trafigura Beheer e ao fundo soberano de Abu
Dhabi, Mubadala. O acordo envolveu investimentos de US$ 400 milhões e assunção
de dívidas da MMX no valor de R$ 1,3 bilhão.
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