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28 de agosto de 2014

Governo mantém em 3% previsão de crescimento do PIB de 2015

Mercado financeiro, porém, já projeta expansão bem menor: 1,20%. Para inflação, expectativa do governo é de 5% para o IPCA de 2015.
O governo federal manteve em 3% a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2015, mesmo valor divulgado em abril. A informação consta na proposta de orçamento federal do próximo ano, enviada nesta quinta-feira (28) ao Congresso Nacional.
A expectativa do governo para o crescimento da economia brasileira no próximo ano está bem acima do que prevê o mercado financeiro. A previsão dos economistas dos bancos é de que o PIB brasileiro tenha uma elevação de apenas 1,2% no ano que vem.
"Problemas conjunturais que tivemos no início desse ano não vao se repetir no inicio de 2015. A recuperação da economia mundial está sendo mais lenta do que os analistas previam, mas é licito prever que ecomoia estará um pouco melhor do que em 2014 e 2013. E tivemos seca no início deste ano, o que afetou preços de energia e causou pressão inflacionária, especialmente sobre alimentos", declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ele admitiu, porém, que é "natural" que o governo revise, no fim deste ano, a previsão de alta de 3% para o PIB do próximo ano. "Em 2015, faremos a projeção mais realista dizendo o que realmente esta disponível, qual vai ser o crescimento do PIB", declarou o ministro.
Inflação
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a chamada "inflação oficial", visto que serve de base para o sistema de metas brasileiro, a estimativa do governo, para 2015, foi mantida em 5%. Com isso, nem mesmo o Ministério da Fazenda, responsável pelas previsões que constam na proposta da LDO, acredita que a meta cenral de inflação (4,5%) será atingida no próximo ano. A expectativa do mercado financeiro para o IPCA de 2015 é de 6,28%.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2014 e 2015, a inflação deve ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Na avaliação do ministro da Fazenda, a inflação está com uma situação "bastante boa", apesar de ainda estar oscilando ao redor de 6,5% - em doze meses até julho deste ano.
"Tivemos uma pressão maior com tarifas de energia e preços de 'commodities' [produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos] neste ano. Se a inflação vai ser 5% em 2015, não sei. Provavelmente, vamos ter de rever [essa previsão]. Mas vamos ter de apostar que um cenário mais otimista pode ser alcançado", declarou Mantega.
Fonte: G1

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